Durante a operação, enquanto era constatada a venda de produtos piratas, o material era recolhido. Mas os camelôs resistiram, ameaçando os agentes. Criou-se então um tumulto e a Guarda Municipal teve quer ser chamada para ajudar na segurança.
Quando os guardas chegaram, houve um grande corre-corre, o que assustou os comerciantes da região, que fecharam as portas temendo por saques. Após a confusão, alguns vendedores ambulantes fugiram e outros foram detidos, mas ninguém foi preso. Já as mercadorias, a maioria brinquedos, DVD?s piratas de filmes – alguns ainda nem lançados – e CD?s, foram levadas para a sede da Receita Federal em Foz do Iguaçu. O órgão, porém, não soube informar o valor total das apreensões. Mesmo com a confusão, ninguém ficou ferido e o comércio só voltou a funcionar no final da manhã.
Desde o início do ano passado, os órgãos federais endureceram o combate ao contrabando e à pirataria, principalmente na fronteira de Foz do Iguaçu com o Paraguai. Agora, a mira da Receita é o comércio ilegal dentro da cidade. De acordo com a PF, essa foi a primeira de várias blitze surpresas que devem se tornar rotineiras. A PF informou ainda que muitos dos camelôs têm alvará para trabalhar, mas mesmo assim, insistem em vender produtos falsificados.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Foz, esses alvarás foram dados pela administração passada, o que cria um impasse para a retirada desse tipo de comércio da área. A Prefeitura informou que, em uma recente reunião, o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi informou a representantes da categoria que, com exceção de CD?s e DVD?s, o resto do comércio seria tolerado. Para a Prefeitura, a questão é delicada, pois a cidade vive um período de crise social, que poderia ser agravada caso todos os camelôs fossem impedidos de trabalhar.