Foto: Aliocha Maurício/O Estado

A Escola Municipal Omar Sabbag fica na Vila Oficinas.

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As aulas terminaram mais cedo ontem para os 1,2 mil alunos da Escola Municipal Omar Sabbag, no turno da manhã, na Vila Oficinas, em Curitiba. Dois alunos de 6.ª série começaram um tumulto após o recreio e incitaram outros colegas a quebrar os vidros das salas de aula. Houve muita confusão e a situação só foi controlada com a ajuda da Polícia Militar, que encaminhou os dois jovens para a Delegacia do Adolescente. Ninguém se feriu.

 O tumulto começou por volta das 10h20. Funcionários da escola contam que dois alunos, um de 15 e outro de 17 anos, começaram a brigar no final do recreio. Em seguida, os dois jovens foram de sala em sala incitando outros colegas a depredar o colégio. Foram quebrados 10% dos vidros das 8 salas que ficam no térreo. A Guarda Municipal foi acionada para conter o tumulto, mas teve que pedir reforço da Polícia Militar.

Houve muita confusão porque os alunos estavam em sala quando os vidros começaram a ser quebrados. Os estudantes saíram correndo com medo de ser atingidos, mas ninguém se feriu. Segundo uma funcionária da escola, a situação só foi controlada com a chegada da Polícia Militar. "Não sei quantos, mas havia muitos policiais."

Os funcionários da escola afirmam também que não sabem ao certo o que motivou a depredação; como em todo colégio, ocorriam desentendimentos esporádicos entre alunos, mas nunca o problema havia tomado a proporção que alcançou ontem. Também surgiram boatos de que os estudantes estariam descontentes com a direção, que havia acabado de tomar posse e baixado normas rígidas dentro do colégio. Mas os funcionários não acham que a informação seja verdadeira.

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A eleição na escola não foi concretizada no fim do ano passado como nas demais unidades porque o número de pais votantes foi insuficiente, segundo as normas estabelecidas para o pleito. Este ano três chapas concorreram e a vencedora contava com as professoras que haviam concorrido em chapa única em 2005.

Durante a tarde de ontem, os 1,2 mil alunos de 1.ª a 4.ª séries também ficaram sem aula e os trabalhos para consertar os estragos já haviam começado. O conselho de escola esteve reunido junto com a Associação de Pais, Professores e Funcionários para estudar as medidas a serem tomadas. Na próxima semana haverá uma outra reunião com os pais, representantes da Secretaria Municipal de Educação, Guarda Municipal e Polícia Militar para desencadear outras ações. Por enquanto, ficou estabelecido que a escola vai aumentar o número de amigos da escola para acompanhar o retorno das aulas na segunda-feira.

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O superintendente da Secretaria Municipal de Educação, Jorge Eduardo Wekerlin, esteve ontem à tarde na escola e disse que os motivos da depredação estão sendo levantados. Existe ainda a possibilidade de que tenha se originado de uma briga entre grupos que seriam rivais. "Estamos verificando e os culpados vão ser punidos", afirma.