Bom exemplo

Tudo se transforma com a reciclagem do lixo na RMC

Cravada no bairro Colônia Rio Grande, em São José dos Pinhais, a Central de Triagem e Valorização de Resíduos Recicláveis é responsável pelo tratamento adequado ao lixo recolhido em todo o município. A estrutura, que é a maior da Região Metropolitana de Curitiba e administrada pela prefeitura, realiza a separação de todo o material reciclável coletado na cidade. A unidade processa 150 toneladas de resíduos por mês. Todo o trabalho é realizado por 40 auxiliares de triagem.

“Trata-se de um trabalho estritamente industrial, que funciona em grande escala. Todos os dias chegam caminhões repletos de lixo reciclável. Toda a triagem é feita aqui. Dispomos o material recebido em fardos de materiais semelhantes, como de garrafas pet, latinhas de alumínio, etc”, diz Eduardo Monteiro Bigelli, engenheiro de materiais responsável pela central.

Atualmente, a unidade separa os resíduos e os classifica em 44 tipos diferentes de materiais. “Fazemos a triagem de acordo com a necessidade das empresas que compram todo esse lixo. Então, temos separados os vidros verdes e brancos, papéis brancos, papelão, plásticos com tinta ou sem, embalagens de alumínio de diferentes tipos, além de recolhermos lâmpadas e óleo de cozinha”, conta Eduardo.

Todos os meses, cerca de mil litros de óleo de cozinha são armazenados em tanques especiais dentro da central. De lá, o material é transportado para os laboratórios do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), onde é processado e transformado em biodiesel. “Depois que foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos os municípios brasileiros e até a iniciativa privada têm que se adaptar às regras e dar destino ao material reciclado”, ressalta o engenheiro.

Fundo ambiental

Todos os recursos obtidos através da venda dos materiais recicláveis separados no local são destinados a um fundo ambiental administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Não podemos vender pra qualquer um. Cada empresa que vem aqui comprar o material separado por nós tem que ter toda a documentação necessária junto ao Instituto Ambiental do Paraná e à prefeitura. Então, é um processo que sabemos de onde o lixo vem e onde o material reciclável vai parar”, conclui.

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