Fuga estratégica

TRT-PR ordena que acesso às agências bancárias seja liberado

O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) ordenou que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região libere o acesso às agências do Itaú fechadas pela greve, mas a oficial de Justiça tem dificuldades para notificar a entidade. A juíza do Trabalho Graziella Carola Orgis estipulou multa de R$ 10 mil diários em caso de descumprimento da decisão e autorizou o uso de força policial, caso necessário.

Ela atendeu parcialmente o pedido do banco, determinando que o sindicato, “sem prejuízo do regular exercício do direito de greve – se abstenha de praticar atos que impliquem bloqueio da entrada ou saída de pessoas nas instalações da requerente, ou que dificultem a livre circulação e o direito de ir e vir de quem quer que seja”.

Ontem, ao tentar notificar o sindicato, a oficial de Justiça Maria do Amparo Vieira Fernandes encontrou fechada a sede da entidade, na Avenida Vicente Machado, 18, no Centro. Nas portas, apenas o aviso que não haverá expediente durante a greve. Alegando que o sindicato está se esquivando da oficial de Justiça para não receber a notificação, o Itaú pediu ao TRT-PR que a notificação seja feita por edital.

Balanço

Enquanto o interdito proibitório relativo ao Itaú não é cumprido, os bancários encerraram o quarto dia de greve nacional com 309 agências fechadas em Curitiba e região e sem perspectivas de retomada nas negociações com os banqueiros. O sindicato da categoria estima que 14.680 trabalhadores tenham aderido ao movimento, o que representa 80% de adesão. São 227 unidades paradas na cidade e 82 nos municípios vizinhos, além dos 13 centros administrativos.

Mais de 20 mil parados

Na base sindical da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR), subiu para 591 o total de agências com atendimento suspenso, o que representa mais de 20 mil bancários de braços cruzados. Em todo o País, já são 9.902 agências fechadas.

Segundo o sindicato, para furar a greve, gerentes têm ligado para funcionários trabalharem nas agências após o horário bancário ou em outros locais, sem segurança. A orientação é que estes casos sejam denunciados ao Ministério Público do Trabalho.

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