Calouros do curso de Administração Internacional de Negócios da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram ontem de um trote diferente. Em vez de banho de lama e outras “brincadeiras” muitas vezes violentas ou ofensivas, integrantes do centro acadêmico do curso promoveram palestras e atividades sobre os temas materiais recicláveis e preservação do meio ambiente. O trote recebeu o título de “Recicle sua Sociedade”.

O evento começou com uma palestra sobre a importância dos carrinheiros (catadores de materiais recicláveis) para a sociedade, ministrada pela procuradora regional do trabalho Margareth Matos Carvalho. Em seguida, os calouros foram a locais públicos para distribuir panfletos informativos sobre reciclagem, doados pelo Fórum do Lixo de Curitiba. À tarde, realizaram uma visita à Vila Leão, no bairro Portão, e acompanharam o trabalho de carrinheiros em atividade na cidade de Curitiba.

Segundo o diretor de divulgação do centro acadêmico do curso e estudante do segundo ano, Leandro Mac Laren Nogueira de Queiroz, a realização de trotes solidários e ligados a temas voltados ao meio ambiente já está virando uma tradição entre os estudantes de Administração da UFPR. “Essa é a quarta vez que os estudantes do curso promovem um trote alternativo”, conta. “Este ano resolvemos falar sobre os carrinheiros devido à importância deles para Curitiba. Mensalmente, eles recolhem muito mais materiais recicláveis do que os caminhões do “lixo que não é lixo” da Prefeitura.

Leandro comenta que o trote tem como objetivo conscientizar os estudantes em relação à preservação e conservação do meio ambiente, além de integrar os calouros e contribuir para a formação de futuros diplomados ligados a trabalhos sociais.

Calouros

Os calouros que compareceram às atividades do trote alternativo aprovaram a iniciativa do centro acadêmico. “Acho que o exemplo dado pelo curso de Administração Internacional de Negócios deveria ser seguido por cursos de outras áreas”, afirmou o calouro Luiz Guilherme da Silva, de 18 anos.

Já a caloura Daniele Castellar, também de 18 anos, acredita que o trote voltado a temas sociais contribui para que alunos do primeiro e segundo ano do curso fiquem mais companheiros. “Muitas vezes, o trote tradicional, com brincadeiras um pouco constrangedoras, acaba gerando inimizade entre as turmas. Com o trote alternativo, todos confraternizam”.

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