A Comissão do Tribunal de Justiça que estudou soluções para a obra inacabada do Fórum Cívil de Curitiba recomendou que seja aproveitada a estrutura, abandonada desde 1992. A comissão entregou o relatório ontem ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Vicente Troiano Neto, que também defendeu a retomada das obras.
De acordo com o presidente da comissão, desembargador Otto Luíz Sponholz, seria necessário ampliar a obra em 21 mil metros quadrados para abrigar a estrutura atual do Judiciário, já que o projeto do Fórum é de 1980. O projeto para terminar a obra deve ser escolhido por licitação.
Sponholz explica que tecnicamente foi constatado que é viável o aproveitamento do arcabouço, com algum reforço nas estruturas. A comissão chegou a esta conclusão com a colaboração de diversas entidades e profissionais de engenharia e arquitetura. Um dos projetos que ajudou na decisão foi o do arquiteto Elgson Ribeiro Gomes, que tem o apoio do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).
Além disto, o desembargador comenta que estudos mostraram que os gastos para demolir e retirar os entulhos seriam parecidos aos necessários para ampliar o Fórum. Outro motivo que colaborou para a elaboração do perecer foi o princípio de moralidade, aproveitando o dinheiro público que já foi gasto na obra.
Apoio
O presidente do TJ, mesmo sem ver o relatório, já afirmou que defende a continuidade das obras. Ele ainda não sabe quanto tempo vai demorar para tomar a decisão final, já que desconhece o conteúdo do documento. No entanto, adiantou que as verbas para a conclusão do projeto devem fazer parte da proposta de orçamento do TJ para 2003, que corresponde a 8,5 % da arrecadação estadual. Também não está fechado se toda a obra vai ser orçada para o próximo ano ou parte dela, já que o valor para terminar e ampliar o fórum ainda não foi estudado.
A construção do Fórum começou no início da década de 1980 e foram paralisadas em 1992.