Trinta pessoas detidas em rinha de galo

Trinta pessoas foram detidas no último domingo enquanto participavam de uma rinha de galos no município de Itambé, na região de Maringá. Partindo de uma denúncia anônima, uma operação conjunta da Polícia Militar (4.º BPM), Polícia Florestal e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) chegou até a chácara onde aconteciam as disputas. Não houve resistência. Todos foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Itambé, onde assinaram termo circunstanciado confessando terem sido autuados em flagrante delito e depois liberados.

Os participantes serão responsabilizados pelo delito de maus tratos às aves. Os 29 galos achados no local foram levados para o posto da Polícia Florestal em Maringá. Quase todos apresentavam ferimentos. Alguns ficaram cegos por causa das lutas. Ontem, biólogos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) examinaram as aves e fizeram um laudo sobre a situação dos animais. "Doze estão tão machucados que não sabemos nem o que fazer com eles. Os demais serão doados para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Maringá, para consumo", explica o tenente Adauto Giraldes Júnior, responsável pelo posto da Polícia Florestal em Maringá.

Júnior explica que as rinhas na região são quase sempre promovidas aos domingos, o que dificulta a fiscalização. O IAP fixou multa de R$ 2 mil para cada um dos detidos. De acordo com o Código Penal, o valor da multa varia de um a 360 salários mínimos. Segundo o tenente, muitas das pessoas que participavam da rinha são reincidentes nesse tipo de contravenção. Dentre eles estão pessoas de outras cidades, como Paranavaí, e até do Mato Grosso do Sul.

Rinha de galos é considerada prática ilegal e crime ambiental, por isso os infratores detidos na operação responderão a ações civil e penal. O delito se enquadra no artigo 32 da Legislação Ambiental, que prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. A punição pode ser aumentada de um sexto a um terço, quando acontece morte de aves ou animais. O artigo condena "o ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos". Os participantes da rinha deverão se apresentar para o juiz da comarca de Marialva no dia 25 de agosto.

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