O que poderia ser explorado como um ponto turístico no município de Antonina, no litoral do Paraná, está jogado às traças. O trem, que fica próximo à antiga estação, sofre com a falta de manutenção e com a ação de vândalos. Nos vagões, o que se vê é sujeira, pichações, vidros quebrados e descaso.

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O aposentado Bianor da Silva lamenta ver esses bens depredados. Para ele, seria interessante que o trem e os vagões fossem recuperados. “Acho que seria muito bom se fizessem uma reforma. Nossa cidade tem poucos atrativos e quando poderia fazer uso de um, não pode. Do jeito que está não tem condições. A prefeitura deveria fazer algo para recuperar esse trem. É triste passar por aqui e ver essa cena”, afirma.

A dona de casa Celina Santana avalia que uma reforma poderia deixar a cidade até mesmo mais alegre. “Acho o trem bonito, pois lembra um tempo que não volta mais. Tinham que dar um jeito e fazer uma limpeza grande, pois as pessoas iriam visitar esse local. Quando passo por aqui, fico com a sensação de abandono”, conta.

Impedimento

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O diretor de turismo do município, Cézar Broska, informa que a locomotiva não pertence a Antonina, mas sim à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), e que a cidade está impedida legalmente de mexer no trem.

Broska, a exemplo dos outros entrevistados, também acha que o turismo poderia ser explorado se houvesse reparos nos veículos. “Seria ótimo que o trem estivesse limpo e arrumado, pois muita gente vem até aqui para tirar fotos. Recentemente, nós organizamos um mutirão de limpeza, tirando, inclusive, pichações. Porém, alguns desocupados utilizam os vagões para consumo de drogas e acabam vandalizando e sujando tudo de novo. A gente até queria fazer reparos, mas não podemos. É uma pena”, comenta. A reportagem de O Estado entrou em contato com a ABPF para explicações, mas não conseguiu falar com os responsáveis.

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