O tremor sentido na estrutura do prédio do Fórum Cível, na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, tem tirado o sossego das pessoas que trabalham e frequentam o local. Na sexta-feira, pela segunda vez em dois anos, o edifício precisou ser evacuado pelo Corpo de Bombeiros. Segundo os funcionários, no meio da tarde, uma juíza que trabalhava no sexto andar sentiu o tremor e imediatamente comunicou os outros juízes e os responsáveis pela engenharia do prédio. “Foi muito rápido. Em menos de 10 minutos o prédio estava totalmente vazio”, diz um dos funcionários, que não quis se identificar.
Milena Oliveira, funcionária da 10.ª Vara Cível, no quinto andar, conta que o clima de insegurança tomou conta das pessoas que trabalham no local e frequentadores do prédio.
O diretor do Departamento de Engenharia e Arquitetura do Tribunal de Justiça, Cornélios Unruh, informa que não há risco de desabamento. “Fizemos uma avaliação no ano passado e, em comparação com este ano, não houve alteração estrutural do prédio. Os tremores sentidos pelos funcionários acontecem até pelo fluxo intenso de veículos pesados na Cândido de Abreu, principalmente pelos ônibus de transporte coletivo que passam o dia inteiro em frente ao prédio”, avalia.
Sem problema na estrutura
André Vieira, secretário geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR), diz que o órgão enviou pedido para o Tribunal de Justiça reivindicando mais informações sobre as condições de edificação e cobrando providências.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que técnicos da Cosedi fizeram vistoria completa na segunda-feira e não foi constatado problema estrutural.
As rachaduras aconteceram em paredes de gesso em drywall, mas não comprometem a estrutura. Como os engenheiros não constataram risco de desabamento, o Crea-PR não foi chamado.