Um trem C33 da empresa América Latina Logística (ALL) descarrilou ontem, às 6h45, na passagem de nível da Rua Itupava, em Curitiba. O trem transportava cimento e era composto por dezessete vagões. Devido à pedras colocadas nos trilhos, a locomotiva saiu da via e descarrilou 75 metros, mas não chegou a tombar. O maquinista, Júlio César, não ficou ferido.
Em virtude do acidente, a Rua Itupava foi interditada, sendo liberada durante a tarde, assim como a linha de trem. Segundo a ALL, o trem seguia de Rio Branco do Sul e para o pátio Iguaçu, localizado no bairro Boqueirão, na capital. Por estar em perímetro urbano, transitava em baixa velocidade: cerca de 15 quilômetros por hora.
O engenheiro da ALL, Rudinei Barcellos, acredita que o acidente tenha sido fruto de um ato de vandalismo. Para ele, as pessoas que colocaram as pedras no trilho o fizeram propositadamente, com a intenção de ver o trem descarrilar. “Achamos que o acidente tenha sido causado por pessoas de má fé, que o provocaram de propósito”, afirma.
Campanha
Dependendo das circunstâncias e do local, a colocação de pedras nos trilhos poderia ter causado um acidente de grandes proporções, com vítimas e mesmo vazamentos de produtos tóxicos, que poderiam causar comprometimentos ambientais. Ciente disso, a ALL promove anualmente campanhas de segurança. O objetivo é evitar acidentes como o de ontem e que as pessoas joguem pedras nos vagões ou caminhem pelos trilhos, correndo risco de serem atropeladas.
De acordo com a assessoria de imprensa da ALL, um acidente semelhante ao da passagem de nível da Itupava aconteceu há um ano, no município da Lapa. Na época, foram feitas denúncias à polícia, mas os responsáveis pelo ato não foram descobertos.
