Foto: Adriana Cardoso/Jornal do Iguaçu

Motoristas paraguaios aceitam trégua.

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Depois de quatro dias de protestos na Ponte da Amizade, em Ciudad del Este, os motoristas de vans e taxistas paraguaios resolveram dar uma trégua. Eles vão esperar até o próximo dia 19, quando haverá uma reunião entre Brasil e Paraguai para discutir ações referentes à fronteira. Vão aproveitar a oportunidade para cobrar uma solução para a falta de empregos na região e exigir que a Receita Federal (RF) brasileira devolva os veículos apreendidos durante as ações de fiscalização. Ontem à tarde o transporte de mercadorias voltou ao normal.

Desde segunda-feira, mesmo os motoristas que não concordavam com o protesto foram forçados a cruzar os braços. Os manifestantes bloquearam parte da avenida que dá acesso à Ponte da Amizade no lado paraguaio e só deixavam passar carros de passeio. A manifestação terminou ontem, ao meio-dia, 1h no Brasil, e foi recebida com alívio por muita gente. "Já estava preocupado porque dependemos do dinheiro que ganhamos todos os dias", desabafou o taxista Benvindo Acosta, 43 anos.

A paralisação do transporte de mercadorias na região foi a forma que os motoristas acharam para protestar contra a falta de uma política do governo paraguaio para gerar empregos na região. Com a trégua do movimento, os motoristas voltaram a disputar os brasileiros que lotam as lojas em Ciudad del Este. No entanto, os taxistas estão mais cautelosos. "Se tem muita mercadoria a gente leva só até a aduana brasileira para não correr o risco de ter o carro apreendido", explica outra taxista, Eugenio Alderete, 54 anos.

Os motoristas também querem que o governo paraguaio negocie a devolução dos carros apreendidos pela RF durante as ações de fiscalização. Eles transportavam brasileiros com mercadorias ilegais. Mas o órgão afirma que só devolve por meio dos tramites legais, com abertura de processo administrativo ou através da Justiça.

Fila

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Os caminhoneiros que estão parados no posto de fiscalização da RF devido à greve dos auditores fiscais receberam ontem ajuda da Prefeitura de Foz do Iguaçu e do Corpo de Bombeiros. Eles ganharam água e cestas básicas. Muita gente está lá há uma semana e os mantimentos já acabaram. Dos 15 fiscais que deveriam estar atuando na liberação das cargas que saem do País ou chegam do Paraguai e da Argentina, apenas cinco estão trabalhando. Cerca de 700 caminhões lotam o pátio do posto de fiscalização.