A doméstica Elisabete Oliveira, moradora de Almirante Tamandaré, trabalha preocupada. Ela tem uma filha especial e, desde a segunda semana deste mês, o transporte escolar cedido pela prefeitura foi reduzido a apenas dois dias da semana. A jovem de 20 anos estuda numa escola especial em Curitiba e depende do ônibus. A solução momentânea para Elisabete foi deixar a filha sozinha o dia inteiro e contar com a ajuda da comadre para dar uma olhada na jovem.
“Dos cinco dias de escola, o transporte está vindo em apenas dois, na terça e na quarta. O recado é que a situação era esta agora e seria assim no restante do ano. A minha filha tem ficado sozinha e só posso contar com a minha comadre. A gente não sabe mais o que fazer”, explica Elisabete, garantindo que há mais famílias na mesma situação.
Aprendizado
A doméstica ainda conta que funcionários da escola onde a filha estuda já ligaram para saber o motivo das faltas. Enquanto a situação for esta, não existe condição da jovem frequentar as aulas durante toda a semana. Uma funcionária da escola especial destacou que a ausência por três dias semanais pode causar prejuízo no aprendizado. O estabelecimento funciona como escola regular e leva em consideração as características das crianças e dos jovens. O aprendizado normalmente é mais lento, mas acontece por meio de atividades pedagógicas determinadas. Os alunos têm aulas de alfabetização, matemática e ciências durante o período da manhã e outras atividades no contraturno escolar.
Demora na manutenção
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a falta só aconteceu em uma semana, porque a oficina onde alguns veículos estavam em manutenção demorou para entregá-los. A administração municipal informa que adquiriu mais duas vans novas para melhorar o transporte especial, que deverá estar normalizado na segunda-feira.