Transportadoras contestam DNIT

Depois de quase três meses da queda da ponte sobre a represa do Capivari, na BR-116, em janeiro, as polêmicas acerca dos ?culpados? pelo acidente não acabaram. Desde o dia 28 de janeiro, o Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre (DNIT) proibiu o tráfego de caminhões com mais de 45 toneladas na ponte que está sendo usada agora nos dois sentidos. Sentindo-se prejudicadas pela resolução, as transportadoras apresentaram ontem um estudo técnico que mostra que os bi-trens – que suportam até 57 toneladas – causam o mesmo dano que um caminhão comum.

?Agora estamos vendo que há problemas com outras pontes também. Começaram a pipocar pontes comprometidas por todo lado. Eles estão culpando os caminhões bi-trens e, diretamente, as transportadoras?, afirma Aldo Fernando Nunes, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar). Um dos objetivos da apresentação, da qual participavam representantes do DNIT e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), era convencer os órgãos de que a medida para tentar contornar os problemas com pontes e estradas precisa ser revista e alterada. ?Queremos que sejam revertidas, imediatamente, a determinação de desengatar os caminhões para atravessar a ponte e a proibição de tráfego dos bi-trens pela ponte do Capivari.?

De acordo com o engenheiro do DNIT, Paulo Sérgio Peterlini, existem possibilidades de se discutir o assunto, porém ele não garantiu que as resoluções serão alteradas. ?São recomendações técnicas acatadas pelo órgão, que tem gente especializada nisso. O governo tem de equilibrar os interesses?, explica. O engenheiro demonstrou, ainda, um estudo que comprova que o tráfego é o que danifica o pavimento, porém ?a carga por eixo é o que mais estraga?, afirma.

Pelo estudo apresentado pelo Setcepar, elaborado pelo engenheiro Moacir Inoue, do Tecnicalc, os bitrens geram esforços inferiores ou iguais aos veículos de 45 toneladas. Pelo que foi constatado, se a carga for distribuída de forma equilibrada, os veículos podem passar com segurança.

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