Até a próxima segunda-feira, a previsão é de que o tráfego de veículos em todas as estradas que cortam o Paraná esteja 50% acima do normal. Para evitar acidentes e garantir a ordem, a Polícia Rodoviária colocou em prática a Operação Páscoa em 16 mil quilômetros de estradas estaduais e federais delegadas. No total, novecentos policiais militares estão trabalhando em operações de fiscalização nas proximidades de 65 postos rodoviários. Em pontos considerados críticos, estão sendo utilizados equipamentos, como radares e bafômetros. O objetivo é a redução do número de acidentes.
“Nesse período, em que o fluxo de veículos nas estradas é considerado bastante alto, os motoristas devem ter atenção redobrada. Além de obedecer os limites de velocidade e não ingerir bebidas alcoólicas, é fundamental verificar alguns detalhes do carro e estar em boas condições de saúde antes da viagem”, orienta o segundo tenente e chefe do Centro de Operações da Polícia Rodoviária Estadual, Sheldon Vertolin.
Antes de entrar no carro, os motoristas devem verificar as condições da suspensão, dos pneus, do estepe, da iluminação, do triângulo e do extintor de incêndio. A colocação do cinto de segurança é fundamental. “Muitas vezes, as pessoas colocam os cintos de segurança nos bancos da frente, mas não verificam se os passageiros do banco de trás estão utilizando. Isso é muito comum”, comenta Sheldon. “Diversas pessoas ainda não se conscientizaram da importância da utilização do cinto de trás. É uma medida simples e que pode evitar ferimentos graves e mesmo mortes.”
A pessoa que vai dirigir não pode estar tomando determinados medicamentos, como calmantes, e deve estar sempre descansada e com o sono em dia. A Polícia Rodoviária aconselha os motoristas a preferirem horários de menos sol, para evitar indisposições.
Obras na 376
Mesmo com todos esses cuidados, quem resolveu aproveitar o feriado de Páscoa no litoral de Santa Catarina enfrentou uma viagem conturbada. Isso porque, desde quinta-feira, há congestionamentos na BR-376 devido à realização de obras no viaduto sobre o Rio São João (quilômetro 669, sentido Curitiba – Joinville). Os carros trafegavam somente por uma das três faixas do viaduto. A passagem era lenta, mas os veículos não chegaram a ficar parados por muito tempo. Não havia nenhum funcionário trabalhando na obra, por causa do feriado.
O problema na ponte aconteceu no dia primeiro de janeiro, quando parte da laje de concreto cedeu. Como medida paliativa, foi colocada uma chapa de aço no local e o os carros passavam em meia pista. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as obras no local começaram há cerca de vinte dias.
Segundo dados da PRF, o congestionamento no final da manhã de ontem atingiu nove quilômetros, com uma média de 1,9 mil veículos passando por hora na rodovia. O pico de movimento chegou a 2,5 mil carros, às 8h30. Na quinta-feira, quando alguns turistas começaram a partir em direção à Santa Catarina, a fila chegou aos vinte quilômetros.
De acordo com a PRF, os congestionamentos na BR-376 poderão ser freqüentes, pois as obras serão demoradas. Assim que finalizarem os trabalhos no quilômetro 669, os operários começam as obras em outro ponto do viaduto.
DER recupera 300 km
O diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, classificou como muito positiva a primeira reunião de 2004 entre os superintendentes regionais e os diretores do DER. O encontro ocorreu em Ponta Grossa. “Foram analisadas as ações realizadas por cada regional, as suas dificuldades, soluções e pleitos para o ano. Um debate sadio e bastante proveitoso”, salientou.
Durante os debates, Tizzot defendeu a necessidade de uniformizar e integrar os trabalhos de cada regional no sentindo de preservar o patrimônio público rodoviário paranaense. “Atualmente, possuímos bens rodoviários avaliados em R$ 10 bilhões. Nossa obrigação, como funcionários públicos é recuperar e realizar a manutenção constante de nossas rodovias”.
Os participantes apresentaram os trabalhos e as intervenções que o DER realizou nas estradas no ano de 2003. “Apesar de ter sido um ano marcado pela moratória de três meses e pela contenção de recursos, conseguimos recuperar 300 quilômetros de estradas e atuar com obras de conservação e manutenção periódica em mais de 7 mil quilômetros”, observou Tizzot.
O diretor lembrou também que o DER voltou a fazer em 2003 diversos serviços por administração direta com recursos e mão-de-obra do próprio Departamento. “Não podemos perder a experiência e o conhecimento de funcionários que já estão trabalhando no órgão a mais de 20 anos”, alertou.
“Exemplo dessa filosofia foi a reativação da nossa fábrica de placas de sinalização”, citou o diretor-geral. “Conseguimos agora, abastecer as regionais freqüentemente e com custo muito inferior”, completou.