O trabalho infantil foi o principal assunto discutido ontem, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), durante um seminário promovido por diversas ONGs e instituições ligadas à criança. O foco central do evento foi o lançamento do programa Catavento em Colombo e em Almirante Tamandaré, também na RMC, desenvolvido pela Central de Notícias do Direito da Infância e Adolescência (Ciranda), com o objetivo de contribuir para a erradicação do trabalho infantil. De acordo com o órgão, os dois municípios foram escolhidos por terem situações de trabalho infantil, principalmente de crianças catadoras de papel.
O psicólogo da Secretaria de Educação de Almirante Tamandaré, Luciano Bugalski, informou que o município tem a meta de tirar do trabalho 150 crianças, pois, hoje, apenas 80 estão sendo atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), do governo federal. ?Como temos uma equipe reduzida na Prefeitura, a dificuldade maior é pessoal para ir a campo e identificar o problema na cidade?, disse.
Para a socióloga e mestre em Políticas Públicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandra Ramalho, é preciso desmistificar a questão do trabalho infantil. ?Temos que desconstruir o mito de que o ser humano tem que ser responsável enquanto criança?, explicou.
