Os trabalhadores dos Correios do Paraná vão realizar um ato amanhã, em Curitiba, dia em que a pauta de reivindicações da categoria começa a ser discutida com os patrões em todo o País. A manifestação deve acontecer em frente à empresa, no Centro da capital. Ontem à noite, os funcionários realizaram assembléias em cinco cidades do Estado para aprovar as solicitações. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná, será dado prazo ao governo federal até 13 de setembro para início das negociações. Caso contrário, a categoria promete entrar em greve.
No Paraná, já está previsto para 23 de agosto um dia de paralisação para reivindicação de mais contratações no órgão. O secretário-geral do sindicato, Nilson Rodrigues dos Santos, diz que o déficit de funcionários no Paraná é de 30%. A pauta com reivindicações possui cerca de 20 itens, mas Santos considera o aumento salarial um dos principais. ?Queremos um aumento linear de R$ 200, que deve diminuir as grandes diferenças entre os salários das diversas categorias dentro dos Correios?, explica. Os trabalhadores também reivindicam as reposições das perdas salariais, que de 1994 até 2006 chegam a 47,77%.
Dando continuidade ao calendário de mobilizações, os funcionários dos Correios também prometem 48 horas de vigília e acampamento em Brasília, nos dias 28 e 29 de agosto. Eles também querem um piso salarial de R$ 1.089,48 (hoje é R$ 500), licença-maternidade de seis meses, adicional de periculosidade, vale-refeição de R$ 25, cesta básica de R$ 250, contratação de pessoas concursadas para ocupar as vagas dos terceirizados, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, entre outras reivindicações.
No Paraná, as assembléias de ontem foram realizadas em Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina e Ponta Grossa. Em todo o País, os Correios contam com cerca de 110 mil trabalhadores. As assembléias que deverão definir possíveis greves devem acontecer dia 12 de setembro.