Trabalhadores do INSS pedem mais segurança

O assassinato de um médico perito do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) dentro de uma agência, na última terça-feira, em Minas Gerais, fez com que profissionais de todo o País cruzassem os braços ontem e hoje pedindo mais segurança. O Paraná tem 54 agências do INSS e o movimento atingiu quatro delas, sendo três em Curitiba. Nelas foram atendidas apenas os casos mais graves.

O presidente da Associação dos Médicos Peritos do Paraná, Chil Zunsztern, diz que a falta de segurança dos médicos peritos vem preocupando a categoria. Nessa semana, o médico perito José Rodrigues de Souza, 60 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça dentro de uma agência do INSS. Ele foi morto por um auxiliar de serviços gerais que estava desempregado. No ano passado, a médica perita Maria Cristina Souza Felipe da Silva foi morta quando saía de casa, também em Minas Gerais. Ela investigava um esquema de fraudes no setor de perícias do INSS.

Chil diz que desempregados procuram a agência para pedir o auxílio doença, mas muitas vezes não têm direito ao benefício. Existem algumas regras para a concessão, como o tempo de contribuição e o período em que ficou desempregado. Além disso, muitas pessoas podem estar doentes, mas não incapacitadas para o trabalho. Quando os trabalhadores ficam sabendo que o pedido foi indeferido, ficam revoltados. Em Curitiba também foram registradas agressões recentemente. Na agência da Rua Cândido Lopes dois médicos foram ameaçados. ?Em um dos casos, o segurado estava armado com uma faca?, comenta Chil.

Os peritos resolveram cruzar os braços para chamar a atenção da população para o problema e querem uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da associação diz que na última greve, há um ano, o governo prometeu que iria melhorar a segurança nas agências, mas até agora nada teria sido feito. Eles querem a instalação de câmeras e de uma porta com detector de metais, por exemplo. 

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