Cerca de 150 funcionários do Centro Médico Comunitário do Bairro Novo iniciaram na tarde de ontem mais uma greve em protesto contra o novo atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro. Os trabalhadores também não receberam parte do 13.º. A paralisação atinge os serviços de enfermagem, higiene, copa, cozinha e lavanderia.
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Saúde (Sindesc), a paralisação será mantida até que todos os vencimentos sejam pagos pela Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), a administradora da unidade. “Não aguentamos mais essa sequência de promessas não cumpridas. A cada semana é uma desculpa da direção do hospital e da gerência do centro. E quem sofre são os trabalhadores com seus salários atrasados”, afirma Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindesc.
A assessoria de imprensa da SEB afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde não repassou os valores referentes ao convênio com o Centro Médico Comunitário do Bairro Novo. A SMS, por sua vez, alega que não pôde transferir os valores do Centro Médico, já que as contas do convênio com a unidade ainda estão em análise no Comitê de Transparência e Responsabilidade Financeira.
Acordo
A secretaria ainda afirma que nas últimas duas semanas repassou à SEB R$ 4,28 milhões para garantir a manutenção dos serviços nas diversas unidades de saúde nas quais a instituição mantém convênios com a prefeitura, incluindo o Centro Médico Comunitário do Bairro Novo De acordo com a secretaria, foi feito acordo entre as partes para que esse recurso fosse destinado ao pagamento dos salários e benefícios atrasados dos trabalhadores.
Diante esse imbróglio, os funcionários do Centro Médico Comunitário do Bairro Novo prometem nova mobilização na tarde de hoje. “Dessa vez só vamos voltar ao trabalho quando toda essa confusão acabar e for pago o que nos é de direito”, conclui Isabel.