Segundo um levantamento dos movimentos sindicais de trabalhadores rurais, 65% da categoria trabalha na informalidade. Uma das conseqüências disso tem sido as dificuldades na hora de conseguir benefícios previdenciários, como aposentaria por idade ou invalidez, auxílio maternidade ou doença, e pensão por morte. Para conseguir esses benefícios é necessário provar a contribuição de pelo menos 12 meses.
?Mas esse trabalhador assalariado, o bóia-fria, não tem seu serviço formalizado pelo empregador, o que inviabiliza o acesso aos direitos?, disse o vice-presidente e diretor de políticas sociais da Federação dos Trabalhadores Rurais do Paraná (Fetaep), Antônio Zarantonello. A estimativa é que 420 mil pessoas estejam nessa situação no Estado. Ontem, dirigentes sindicais ligados aos trabalhadores rurais se reuniram com representantes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para discutir este assunto.
De acordo com Zarantonel-lo, a intenção é que o órgão tenha mais sensibilidade ao tratar esses casos, e aceite como comprovação declarações ou testemunhas. Zarantonello adiantou que na próxima semana representantes da Confederação dos Trabalhadores Rurais irão a Brasília negociar com o Ministério da Previdência uma adaptação na legislação.