Os cerca de 400 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupavam desde a tarde da última quarta-feira a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Cascavel, no Oeste do Estado, deixaram o local ontem.
Mesmo com o fracasso de uma reunião entre o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o presidente do Incra, Rolf Hackbart, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e representantes da direção nacional do MST, que terminou sem acordo na quinta-feira, o movimento concordou em deixar as 21 sedes do órgão que ocupava em quinze estados do País.
A ação fez parte do chamado Setembro Vermelho. O movimento acusa o governo federal de descumprir todos os sete pontos de um acordo feito em maio passado, após a Marcha Nacional da Reforma Agrária. Haverá outras rodadas de negociação entre governo e MST, mas a data ainda não foi remarcada.
O escritório regional do Incra em Cascavel atende 92 municípios do Oeste, Sudoeste e Noroeste do Paraná com cerca de 5,6 mil famílias. De acordo com a assessoria do órgão no Estado, a sede não sofreu nenhum tipo de depredação durante a ocupação, que foi considerada pacífica. Os funcionários puderam trabalhar durante a manifestação. Apenas a entrada de outras pessoas ficou vedada.