Os cerca de 2 mil trabalhadores da limpeza pública de Curitiba aprovaram, na manhã desta segunda-feira (21), uma paralisação por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), a manifestação é contra atitudes da empresa Cavo.
“O que agrava ainda mais a situação é a falta de previsão da empresa para o pagamento do restante”, explicou Manassés Oliveira, presidente do Siemaco. Segundo o sindicato, houve o parcelamento em duas vezes dos vales-alimentação e refeição aos trabalhadores.
Em setembro não aconteceu o pagamento da primeira parcela da PPR (Programa de Participação de Resultados) e neste domingo (20) foi feito o pagamento de 30% dos vales-alimentação e refeição dos garis. “Independente das condições econômicas da Cavo, os trabalhadores não podem ser penalizados em seus direitos básicos”, lembrou Manassés.
Os 2 mil coletores, varredores e roçadores da cidade afirmam que a manifestação é por tempo indeterminado. “O custo da crise não será pago pelos garis”, afirmou Manassés.
A reportegem tentou contato com a Cavo, mas ainda não teve resposta.
Outro lado
Prefeitura diz que pagou R$ 900 mil na sexta-feira
Em nota, a Prefeitura de Curitiba diz que está seguindo um cronograma de pagamentos à Cavo. Veja a íntegra do posicionamento da prefeitura:
A respeito da paralisação dos trabalhadores da Cavo, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) informa:
1 – A Prefeitura tem se reunido regularmente com representantes da Cavo e definido os pagamentos em comum acordo. Na última sexta-feira, inclusive, foi realizado um pagamento de R$ 900 mil. No mesmo dia a empresa informou à Secretaria do Meio Ambiente que as atividades seriam executadas com regularidade.
2 – A empresa informou à Prefeitura que já pagou aos trabalhadores um terço dos vales transporte e alimentação do período de 20 de setembro a 20 de outubro.
3 – Informou ainda que o adiantamento do pagamento referente à participação nos lucros a serem obtidos até dezembro está em discussão com o sindicato.
4 – A paralisação foi iniciada sem aviso ao Município, por parte da empresa ou do sindicato dos trabalhadores, o que contraria a legislação.
5 – A Cavo informou à SMMA que está tomando as medidas judiciais necessárias para o retorno dos trabalhadores ao trabalho.