Trabalhadores do setor de hospedagem e gastronomia decidiram, em assembleia realizada ontem, entrar em greve a partir do dia 29 de novembro. A classe negocia com o sindicato patronal, mas não aceitou a última proposta feita. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis), a estratégia está sendo traçada pela diretoria, que não quer divulgar os possíveis estabelecimentos que serão alvo das ações.
A data marcada é para que haja o tempo mínimo de 48 horas para que o sindicato patronal seja comunicado. Aproximadamente 20% da categoria, mais de 200 trabalhadores, foram favoráveis à mobilização. O presidente do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA), Marco Fatuch, diz que a greve é um direito do trabalhador, desde que obedeça a lei. “Se algum cliente for impedido de entrar em algum estabelecimento, ou um funcionário impedido de trabalhar, medidas serão tomadas pelo nosso corpo jurídico”.
De acordo com o Sindehotéis, a última proposta chegou ao piso salarial de R$ 880, desde que duas cláusulas fossem incluídas: jornada de 12×36 e o banco de horas. A categoria reivindica anuênio de 2%, cesta básica de R$ 200, seguro de vida de R$ 45 mil, vale transporte gratuito, vale refeição de R$ 20 por dia, adicional de assiduidade de 20% e reajuste dos salários pelo INPC mais 4%, totalizando um piso de R$ 930. O sindicato patronal afirma que ofereceu 10,58%, o que seria o maior índice do país em termos percentuais.