Os funcionários e instrutores de autoescolas do Paraná entrarão em greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira (31). Os trabalhadores dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) decidiram pela paralisação nesta manhã de terça-feira (28), em virtude das dificuldades para negociar o reajuste salarial. O Sindicato dos Proprietários dos Centros Formadores do Paraná (Sindicato CFC-PR) ofereceu aos trabalhadores reajuste de 8,76%, mas a categoria reivindica 13% de aumento no salário, além de reajuste de R$14,45 para R$16 no vale-alimentação. Ao todo, são mais de 8 mil trabalhadores em autoescolas no estado.
A categoria, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Auto Escolas e dos Trabalhadores em Despachantes de Veículos do Estado do Paraná (SINTRADESP-PR), notificou hoje o CFC-PR e avisou que fará ato público na próxima sexta-feira (31), às 8 horas, na área de exames práticos de habilitação do Detran, no Tarumã, em Curitiba.
De acordo com Arminda Moia Martins, presidente do SINTRADESP-PR, a paralisação era inevitável. “As negociações não avançam desde abril. Os donos de autoescola alegam que a situação econômica não é propícia a aumentos salariais, mas sabemos que os dados de lucratividade do setor e de adesão de novos alunos não correspondem ao discurso”, alega.
Na próxima quinta-feira (30), às 15 horas, o sindicato se reunirá com representantes dos proprietários de autoescolas na sede do Ministério Público do Trabalho. Depois da reunião, a categoria promoverá assembleia. “Se não aceitarem nossas condições na íntegra, seremos forçados a manter a greve”, afirma Arminda. A expectativa do sindicato é de que a adesão à greve aconteça na capital e atinja as principais cidades paranaenses.
A reportagem entrou em contato com o CFC-PR, mas não obteve retorno.