A segunda partida da Copa do Mundo em Curitiba, ontem, não deixou a desejar em comparação com a festa da semana passada no quesito animação e interação entre as torcidas. Mais uma vez os torcedores coloriram a cidade desde o início do dia, o que se intensificou próximo ao horário do jogo na Arena da Baixada.
Confiante em uma goleada de 3×0 por sua seleção, o equatoriano Marco Mesa, 64, foi ao estádio mascarado, para incentivar os jogadores. Além disso, fez elogios ao Brasil. “É um país maravilhoso, a cidade é organizada”, afirmou. Junto com ele, o casal equatoriano Ruan Carlos Murillo, 39, e Tania Rivadeneira, 38, também estavam animados com a partida. Pela primeira vez no país, eles contaram que gostaram bastante de Curitiba. “É uma cidade organizada, limpa, tranquila e com bons meios de transporte. Em comparação a Quito (capital do Equador) o trânsito flui bastante”, afirmou Murillo, que dificilmente conseguirá assistir as próximas Copas, que serão na Rússia (2018) e no Qatar (2022), e priorizou o mundial no Brasil pela proximidade entre os dois países.
Sem ilusões
A grande expectativa para o jogo era comum aos demais equatorianos que assistiram a partida na Baixada e fizeram bastante barulho junto com os hondurenhos na chegada ao estádio. Para o torcedor Rony Matute, 60, porém, as chances para a seleção da América Central não eram favoráveis. “Espero um empate em 1×1, mas acho que Honduras não consegue”, disse, acompanhado da esposa Eisa Matute e do amigo Ronald Santa Cruz.
Até quem observa o movimento de perto e vê a festa da janela de casa está animado com a Copa em Curitiba. “É muito bacana ver a festa. O pessoal respeita bastante, são muito educados e os policiais colaboram”, elogiou a moradora Viviane Kortz, 49. Sua única observação foi em relação às manifestações contrárias ao evento. “É a única coisa desagradável”.
Nó no trânsito
Desta vez o evento começou às 19h e a chegada dos torcedores ao estádio coincidiu com o horário de pico na cidade, tumultuando ainda mais o trânsito em relação aos dias normais. Mais uma vez a Avenida Silva Jardim foi uma das mais movimentadas, assim como as ruas Bento Viana e Desembargador Westphalen. A Avenida Visconde de Guarapuava também apresentou trânsito complicado após as 17h, pois esta foi a principal alternativa aos motoristas que utilizariam a Avenida Iguaçu, interditada pelo perímetro de segurança da Fifa.
Atrapalhou
O taxista João Xavier criticou o isolamento da área e disse que este sistema atrapalhou o faturamento que esperava com a permanência dos turistas em Curitiba. “Não podemos deixar os passageiros perto do estádio, tem que deixar no meio da rua”, reclamou. Para ele, o movimento de clientes não aumentou como o esperado. “Acho que até diminuiu, mas o policiamento aumentou”.
Mais uma vez os torcedores coloriram a cidade desde o início do dia