Os vazamentos de gás estão entre as principais causas de incêndios no Paraná. Muitas vezes, as ocorrências são causadas pela má qualidade dos botijões ou falta de lacre nos produtos. A informação é do Corpo de Bombeiros do Paraná, que, junto com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), faz fiscalizações freqüentes para verificar a venda de botijões, tendo inclusive poder para executar apreensões de produtos em situação irregular.
Segundo o diretor do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), Gilmar Antônio Scopel, os botijões irregulares geralmente são vendidos em estabelecimentos clandestinos, sendo que na maioria das vezes só é possível chegar até eles através de denúncias feitas pelos próprios consumidores. “Em Curitiba, recebemos de três a cinco denúncias por mês. Todas elas são verificadas, sendo que algumas são verídicas e outras não”, afirma.
O botijão está em situação irregular quando o peso indicado no gargalo do produto não corresponde ao peso real – fazendo com que o comprador pague e leve para casa menos do que está sendo oferecido – ou quando o lacre também presente no gargalo é inexistente ou está danificado. Neste caso, os riscos de vazamento são bastante evidentes.
“Quando o vazamento acontece dentro de ambientes fechados, qualquer coisa que provoque uma pequena faísca, como acender um isqueiro ou mesmo a luz, pode gerar um incêndio com grandes conseqüências”, explica. “Sujeito a muito calor, também há riscos de que o botijão venha a explodir, causando danos ainda maiores.”
Para evitar a compra de produtos clandestinos e, conseqüentemente, acidentes, Gilmar aconselha as pessoas a tomarem alguns cuidados no momento da compra: o primeiro deles é adquirir o produto apenas em postos de revenda autorizados ou em caminhões de gás com pessoal uniformizado. Depois, é necessário verificar se o lacre existe e não está danificado.
“Na seqüência, a pessoa deve observar se o peso do botijão e do líquido que ele contém estão legivelmente indicados no produto.”
Os consumidores de Curitiba podem tirar dúvidas sobre os botijões e fazer denúncias pelo número (41) 351-2010.