Nos seis últimos meses o policiamento ostensivo da PM apreendeu cerca de 230 quilos de drogas na capital, mas diferente dos casos de homicídios, não é possível fazer um levantamento específico de como está a situação em toda a cidade.
No entanto, uma coisa é certa: o crack é considerado, por unanimidade, um dos principais vilões da história. Seu preço e potencial para o vício fizeram uma verdadeira revolução no cenário da dependência química. “O crack está atingindo todos os níveis. Antes o consumo era maior entre as classes mais baixas, mas agora também está na classe alta”, afirma a delegada da Divisão Estadual de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc Curitiba), Camila Cecconello. A maconha segue entre as mais consumidas enquanto a cocaína perdeu terreno nos últimos anos.
“Não é possível afirmar que o número de usuários de drogas aumentou ou diminuiu. O fato é que, como os usuários não são mais presos, aumentou a incidência de pessoas que consomem drogas em áreas públicas e está muito mais visível”, explica a delegada. Ela conta ainda que a investigação segue duas linhas de ação: com foco no pequeno traficante, que mais incomoda a população nos bairros, e na desarticulação das redes de tráfico.
A delegada cita ainda que já foi possível perceber que as áreas críticas que receberam as Unidades do Paraná Seguro (UPS) tiveram queda no número de denúncias. Segundo ela, operações especiais de combate são efetivas para a diminuição do tráfico.