Empresa que presta serviço de asfaltamento para prefeitura de Curitiba joga tinta de asfalto no bueiro de águas pluviais. Esta foi a cena presenciada pelos vizinhos do quartel do Boqueirão na madrugada de terça-feira. “Fomos acordados às 5h da manhã com o barulho do caminhão e sentindo cheiro sufocante de tinta. Chegou a formar uma nuvem de gás na frente de casa”, reclama o tenente da reserva e morador da região, Edmar Kristochik. As ruas daquela região passam por reformas e as marcas de tinta amarela podem ser vistas em dois bueiros da Rua Dr. Heleno da Silveira, próximos à Desembargador Antônio de Paula.

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A assessoria de imprensa da prefeitura explica que a responsável pelo descarte do resíduo é a empreiteira do asfaltamento. A tinta usada nessas operações é mantida a 300 graus e, por isso, ao ser descartada, forma toda aquela nuvem. Segundo a prefeitura, isso é feito para limpar o equipamento no final do serviço. “Era só um pouco de tinta, não chega a caracterizar dano ambiental”, justifica.

Crime ambiental:

“Bueiro não é o local apropriado para descarte de qualquer tipo de resíduo sólido. É crime ambiental sim e o gás que forma na galeria de águas pluviais pode intoxicar pessoas”, informa um professor especialista em engenharia ambiental, consultado pela Tribuna. O professor explica que há classificação na Lei Estadual de Resíduos. “É necessário classificar o material e destinar ao local correto para o descarte, que com certeza não é aterro sanitário. Em pouca ou grande quantidade, só pelo fato de ser tinta, já é tóxico”, explica.

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De acordo com a Lei de Resíduos, é proibida no Estado a destinação final de resíduos sólidos em redes de drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade e telefone.