Penhora

Terreno do Autódromo, em Pinhais, poderá ir a leilão

Uma dívida trabalhista poderá levar a leilão o terreno que atualmente abriga o Autódromo Internacional de Curitiba (AIC) e o Kartódromo de Curitiba, ambos em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

A ação foi movida por dois ex-funcionários da Paraná Fomento de Empresas Ltda., em 1996. Naquela época, eles foram demitidos, mas até hoje não receberam as quantias referentes aos seus direitos trabalhistas.

O terreno do autódromo entra na questão por conta do dono da empresa, Flávio das Chagas Lima, já falecido, cujos bens inclui o terreno do autódromo e do kartódromo. Agora, ambos aguardam apenas o cumprimento de uma decisão que designa as propriedades à hasta pública, quando acontecerá a penhora.

Ao todo, são duas ações envolvidas no caso, uma delas envolve Valdecyr dos Santos Xavier. Segundo ele, a empresa chegou a dar um cheque com o valor devido em sua demissão, mas, logo em seguida, o mesmo foi sustado.

“Na época, a empresa estava passando por dificuldades. Eu fui demitido e recebi o cheque que foi sustado logo em seguida. O resultado disso é que até agora não tive ressarcimento nenhum dos meus direitos trabalhistas. Tentei negociar várias vezes com eles, mas em nenhuma vez tive acordo. Por isso a necessidade da ação”, explica.

Outro ex-funcionário que teve problemas e também entrou com ação foi Celso Roberto Rocha. “Na ocasião, Valdecyr foi demitido, recebeu o acerto, que foi sustado. Quando chegou a minha vez, tive a promessa de que seria admitido novamente pouco tempo depois, o que não aconteceu. Ou seja, fui mandado embora sem a rescisão e, consequentemente, sem meus direitos, assim como meu colega de trabalho”, conta.

Segundo a advogada dos ex-funcionários, Rosangela Lucinda, tais reclamatórias foram aceitas em juízo e acabaram gerando possibilidade de penhora do local, cujo valor cobre o que é devido aos dois ex-funcionários. De acordo com ela, o leilão do terreno onde se encontra o autódromo ainda depende de duas ordens judiciais, que estão prestes a serem cumpridas.

A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com os advogados da outra parte, mas não obteve sucesso. No entanto, segundo o coordenador operacional do AIC, Itaciano Marcondes Ribas Neto, nada muda nas atividades do autódromo.

“Todo o problema envolve o terreno onde está localizado o autódromo. Isso não tem ligação nenhuma com a nossa atuação. Mesmo assim, deixo claro nosso apoio aos herdeiros do Sr. Flávio Chagas Lima”, afirma. O terreno, de mais de 480 mil metros quadrados, é avaliado em aproximadamente R$ 50 milhões.

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