Terreno baldio vira lixão na Vila Oficinas

Quem passa pelo cruzamento das ruas Roraima e Natal, na Vila Oficinas, em Curitiba, se assusta. Isso porque o terreno baldio de esquina parece um lixão a céu aberto. O que um dia já foi campo de futebol do time local, o Trindade, hoje é depósito de todos os tipos de lixo, inclusive animais mortos e muita caliça. Os enormes ratos e demais problemas que vêm com essa situação revoltam os moradores e comerciantes da região.  

O terreno equivale a uma quadra. Mesmo com tanto lixo, as crianças do bairro têm costume de brincar e soltar pipa no local. Segundo o morador Renato Fuhrmann, é cachorro morto, resto de comida, de árvores e até macumba que compõem a paisagem da área. Isso representa um problema para todos os moradores, que até já têm um abaixo-assinado, com quarenta nomes, para pedir que a área se torne útil. ?Aqui estamos a sete quilômetros do centro, ou seja, não é um bairro afastado. Todo esse lixo é ruim para nós. Pedimos para a Prefeitura que faça algo?, reclama.

Renato Fuhrmann no local: ?Esse lixo é muito ruim para nós. Já reclamamos muito com a Prefeitura?.

Erni Macedo tem um bar e mercearia bem em frente ao terreno. Segundo ele, faz pelo menos seis meses que a situação é insuportável. ?É o mau cheiro e os insetos que o lixo traz. Sem contar as vezes em que entram carros e fazem cavalo de pau no terreno, enchendo de pó as casas. Além dos carrinheiros que depositam o lixo na maior cara-de-pau, têm os que fazem buracos para tirar a terra e levar para fazer jardim. Toda essa sujeira atrapalha meu comércio?, lamenta.

Do outro lado da área, Durval Arruda, dono de um açougue, também reclama. ?É uma pouca vergonha. Tudo que acham os caras vêm jogar aqui na frente do meu açougue. Uma vez fui reclamar e o rapaz que estava deixando lixo ameaçou me dar um tiro. Junta cada rato aqui. O ruim é que eu trabalho com açougue. A gente paga imposto e não tem direito de reclamar. Eu já liguei umas 30 vezes para o 156 da Prefeitura?, lamenta.

Falta de educação

O terreno está sob responsabilidade da Imobiliária Lessa. De acordo com o responsável, Deoclécio Lessa, para eles a questão também é problemática. ?Já recebemos multa de R$ 90 mil pelo lixo que está no terreno, já limpamos e agora vamos ser multados novamente. Isso é culpa de algumas pessoas do Cajuru, que são mal-educadas, invadem e jogam lixo em um terreno cercado, sem respeitar nem a placa. Estamos esperando a Prefeitura liberar o loteamento da área. Nós também queremos saber como resolver a situação?, revela.

De acordo com a Prefeitura, três multas já foram aplicadas ao proprietário do local: uma em relação à vedação, uma em relação à limpeza e outra em relação à sujeira na calçada. Se não for tomada qualquer providência, o caso, que iniciou com simples notificação, pode ser finalizado em forma de dívida ativa com o município. Ainda segundo eles, sobre as constantes reclamações não atendidas, existe um trâmite que deve ser respeitado.

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