Termina a paralisação em Cascavel

Professores e servidores públicos municipais de Cascavel, oeste do Estado, decidiram aceitar a contraproposta de reajuste salarial colocada pela Prefeitura e voltar ao trabalho. Os 4% de aumento solicitados pelas categorias foram reduzidos pela administração municipal para 3,37%, divididos em três parcelas 1% em junho, 1% em julho e mais 1,37% em agosto. Mesmo assim, ficou decidido que as negociações continuam e que, em outubro, a Prefeitura avalia o impacto provocado no orçamento para verificar a possibilidade de um reajuste maior.

A paralisação dos professores durou dez dias e a dos servidores nove. Noventa por cento dos docentes aderiram à greve temporária, ficando cerca de 26 mil alunos sem aulas neste período. Já os servidores tiveram adesão pequena, o que, segundo a Prefeitura, não chegou a alterar os trabalhos em setores de grande demanda, como a Saúde, Ação Social e Meio Ambiente.

A reivindicação inicial era por um reajuste de 5% acrescido de 1% na tabela de vencimentos. Essa primeira proposta foi rejeitada pela Prefeitura, que sinalizou com um aumento de 3%, divididos entre os meses de outubro, novembro e dezembro. Foi a vez de as categorias dizerem não à proposta municipal, levando a administração a alterar os prazos, antecipando o reajuste para os meses de julho e agosto e dividindo-o em duas parcelas, em vez de três. Os professores e servidores novamente rejeitaram a proposta, chegando a um contraponto de 4%. Foi então que a Prefeitura fez as contas e ofereceu os 3,37% acordados, alegando ser o máximo no momento.

A vice-presidente do sindicato que representa os professores (Siprovel), Soeli Sikotski, disse que a categoria decidiu aceitar a proposta em vista da possibilidade de continuar as negociações. ?Vamos voltar às escolas, mas continuaremos discutindo nossas reivindicações.? Dentre as exigências estão o plano de cargos e salários e melhora na infra-estrutura das escolas. ?A partir de terça-feira começam as reuniões com a comissão de diretores e líderes sindicais para levantarmos os pontos a serem discutidos.? Os servidores também acordaram continuar as conversas com a Prefeitura sobre o plano de cargos e salários.

Daqui a quatro meses, a administração municipal promete avaliar o impacto do reajuste comparativamente à arrecadação. A partir daí, novas reuniões devem pautar o tema. O município também garante que não houve cortes nos salários de maio, pagos anteontem. Na segunda-feira, as aulas voltam ao normal. 

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