Uma manifestação de funcionários terceirizados do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, causou tumulto nos embarques no terminal na manhã de ontem. Longas filas se formaram no aparelho de raio-X, no qual atuam os funcionários da empresa Aeropark. Eles protestaram por reajuste salarial e forçaram, nas primeiras horas da manhã, uma espécie de operação padrão.
A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que um plano de contingenciamento foi acionado para minimizar os problemas. Funcionários de outras áreas da empresa foram deslocados para o aparelho de raio-X. Às 9h30 a situação já era considerada normal pela Infraero.
A Aeropark terceiriza mais ou menos 150 funcionários, entre raio-x, carregamento e terminal de cargas. Funcionários da empresa, que não quiseram se identificar, confirmaram que o salário deles está atrasado. Um deles disse que caso não haja pagamento, eles entrarão em greve a partir de hoje. A assembleia da categoria está marcada para 8h. Em caso de paralisação, apenas 40% do quadro vai seguir com o trabalho no Afonso Pena.
Parte dos empregados também reclama da falta de reajustes nos salários, mas nenhum deles admite que houve protesto na segunda-feira e ontem. Também sem se identificar, uma funcionária confirmou que eles “trabalharam mais devagar”, e devido ao movimento mais intenso por conta do dia das mães, houve grande acúmulo de passageiros no terminal.
A assessoria da Infraero informou que não tinha conhecimento sobre a greve e que, em caso de paralisação, a empresa vai acionar o plano de contingência – ou seja, vai realocar funcionários da própria Infraero para substituir ou auxiliar os funcionários terceirizados.
A reportagem entrou em contato com a empresa Aeropark, mas não recebeu retorno com mais informações sobre o movimento.