Servidores terceirizados ligados ao Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap) de Londrina, na região norte do Paraná, poderão receber em breve seus salários atrasados referentes ao mês de julho.

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Na tarde de ontem, a prefeitura de Londrina afirmou que o juiz da 5.ª Vara Civil, Alberto Júnior Veloso, atendeu a uma petição do município e liberou R$ 856.331,23 para pagamento dos salários dos 1.077 trabalhadores.

Eles ainda decidirão se vão continuar com a intenção de greve ou não. Na segunda-feira, a prefeitura depositou R$ 2,2 milhões em juízo para pagamento dos salários.

Segundo o presidente do Sinsaúde, Julio César Muniz Aranda, a notícia da liberação foi dada, mas até a tarde de ontem ninguém havia recebido. “Mantemos a reunião marcada amanhã (hoje). Caso as quantias entrem nas constas dos trabalhadores, iremos dialogar para evitar a mesma situação no próximo mês, caso contrário, vamos discutir sobre a greve”, adianta. Ele afirma que os trabalhadores estão desconfiados. “Não podemos enfrentar essa situação a cada mês. A categoria está preocupada e ressabiada”, ressalta.

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De acordo com o despacho assinado pelo juiz, de todo o valor, R$ 499.845,31 foram liberados para o pagamento dos funcionários do Programa Saúde da Família (PSF), R$ 224.227,60 ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), R$ 97.326,60 para os agentes de endemias e R$ 34.931,72 para a Policlínica.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o procurador geral de Londrina, Demétrius Coelho Souza, disse que o dinheiro já foi transferido para o Ciap em contas no Banco do Brasil, tendo sido liberado estritamente para o pagamento das folhas salariais dos prestadores de serviço. “Esperamos que o Ciap faça o pagamento imediatamente”, disse o procurador.

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A quantia liberada ontem é parte do montante depositado pela prefeitura. Segundo Coelho, o que ficou é relativo aos encargos do Ciap, que, por sua vez, não forneceu documentos necessários para calcular o valor efetivamente devido.

“O Ministério Público solicitou que a prefeitura não fizesse nenhum repasse, enquanto o Ciap não prestasse corretamente suas contas, reivindicadas há três meses e que ainda não foram entregues”, explica. A reportagem entrou em contato com o Ciap, mas não foi atendida.