Terceirizados da prefeitura não recebem há dois meses

O segundo semestre letivo começou esta semana nas escolas da rede municipal de ensino de Curitiba, e os funcionários da empresa Ambiental – que presta serviços terceirizados de limpeza e higienização à Prefeitura – ainda não receberam os salários de junho, vale-transporte e pagamento de férias.

Ontem de manhã, zeladoras, auxiliares de limpeza, jardineiros e outros funcionários da Ambiental se reuniram na Sociedade Treze de Maio, no centro de Curitiba, para discutir a situação. Todos eles estavam bastante nervosos e revoltados, exigindo o recebimento imediato de seus salários.

“São 1.200 pessoas, em atividade em diversas escolas da rede municipal, que executaram suas funções normalmente e não receberam pelos serviços desempenhados”, conta a presidente em exercício do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região Metropolitana (Siemaco), Amália Auerbach.

Segundo a auxiliar de limpeza Maria Aparecida Meirelles, que há três anos e três meses presta serviços à Ambiental, se o pagamento não sair nos próximos dias, os trabalhadores não vão ter condições financeiras nem de se deslocar até as escolas para trabalhar. “Precisamos receber urgentemente. O mês de julho já está terminando e até agora não vimos a cor de nosso dinheiro.”

A também auxiliar de limpeza Elivete Tuchl, que trabalha para a Ambiental há três anos, conta que tem um casal de filhos para sustentar e, por causa do não-pagamento dos salários, está com o aluguel de sua casa atrasado: “Daqui a pouco vou ser despejada e minha única alternativa vai ser pegar os meus filhos e ir morar debaixo de uma ponte”, reclama.

Prefeitura

A Prefeitura de Curitiba comunicou, através de sua assessoria de imprensa, que por ordem judicial depositou, na tarde da última terça-feira, o pagamento dos funcionários da Ambiental na Justiça do Trabalho. Normalmente, o dinheiro seria repassado à Ambiental que, por sua vez, faria o pagamento aos trabalhadores. Agora, os funcionários deverão esperar que seus salários sejam liberados pela Justiça e receber através do Siemaco. O Estado não conseguiu contato com os responsáveis pela empresa Ambiental.

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