Terceirizada das agências do Trabalhador some da praça

Os 180 funcionários terceirizados das oito agências do trabalhador em Curitiba ficaram ameaçados de não receber os salários referentes ao mês de novembro. Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sineepres), a empresa Orbral, que venceu a licitação da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social (Setp) para administrar o serviço, ?sumiu do mercado?.

De acordo com o presidente do Sineepres, Paulo Rossi, a entidade já entrou com uma ação para bloquear qualquer pagamento da Setp para a empresa. ?A Orbral tinha um escritório aqui em Curitiba, no bairro Boqueirão, mas agora não há nada mais lá. Há dez dias não conseguimos contato com eles em lugar nenhum?, afirmou.

Segundo Paulo, por enquanto os serviços da agência estão garantidos e não haverá prejuízo à população. ?Uma outra empresa assumiu emergencialmente o serviço. O atendimento na central de vagas, nas ruas da cidadania e o cadastro no Sine (Sistema Nacional de Empregos) continuam sendo feitos normalmente?, explicou. Para o presidente, caso a situação não seja normalizada, o sindicato pode entrar com uma ação contra a Setp para garantir o pagamento dos direitos e salários dos funcionários terceirizados.

Pelo lado da secretaria, o diretor-geral Fernando Vanuchi Peppes afirmou que os primeiros problemas com a Orbral foram detectados no mês de setembro. ?Percebemos que alguns terceirizados não haviam sido pagos. Convocamos uma reunião com representantes da empresa para esclarecer a situação. Quando retornamos do feriado de 12 de outubro, fomos informados que a Orbral havia se evadido de Curitiba?, disse.

De acordo com o diretor, um contrato emergencial de 90 dias foi firmado para evitar a suspensão dos serviços. ?Após esse período haverá licitação para escolher quem vai administrar as agências. Dessa vez, vamos limitar a participação a empresas sindicalizadas no Paraná?, explicou.

Outro lado

A reportagem de O Estado procurou representantes da Orbral nas suas três sedes conhecidos Ceará, São Paulo e Paraná. Em Curitiba, ninguém foi encontrado. Em Fortaleza, uma mulher, que não quis se identificar, afirmou que o escritório da empresa está sem telefone e que não poderia fornecer nenhum outro número para contato. Já na capital paulista, a secretária explicou que não havia ninguém do departamento jurídico presente para comentar o caso e não houve retorno da ligação.

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