“Dumbo”, “Fusca de porta aberta” e “elefantinho” são alguns dos apelidos que pessoas com orelha de abano recebem pela vida. Está discriminação geralmente afeta mais crianças, principalmente as que estão em idade escolar. Mas a orelha fora dos padrões pode ser facilmente corrigida com cirurgia plástica.
Ainda não se sabe ao certo as causas do problema. Geralmente a criança que apresenta a anomalia tem um caso igual na família. Mas também há casos em que os pequenos apresentam o quadro sem que nenhum parente também o tenha.
Três fatores podem caracterizar a orelha de abano. O primeiro deles é o aumento do ângulo entre a orelha e a cabeça. O segundo é o apagamento da anti-hélix, uma dobrinha interna da orelha e outro, quando o ângulo escafo-conchal é maior que 90 graus (Ver lustração). A pessoa com o problema geralmente apresenta as três características, mas também pode ter só uma delas.
A idade ideal para realizar a cirurgia é entre os seis e sete anos de idade. Até os três anos, 85% da orelha está crescida e só aos sete que está totalmente formada. Crianças menores podem ter lesado e seu centro de crescimento e a orelha pode não crescer mais.
A cirurgia em cada orelha leva em média 20 minutos, a anestesia é local e o paciente não sofre com o pós operatório. O único inconveniente, principalmente para os pequenos, é o uso de uma faixa parecida com a de esportistas sobre a opração por um determinado tempo. Em bebês com até 72 horas de vida, é possível uma correção através de apenas um curativo. Também deve ser realizada por um cirurgião. A orelha de abano pode ainda aparecer na velhice.
O cirurgião plástico, Marcos Grillo, conta que realiza por ano 40 correções, muitas delas em crianças. Geralmente os pais procuram o consultório por que os filhos estão insatisfeitos com a situação, já que muitas vezes são motivo de piadinhas entre os colegas.
Mas Marcos adverte que os pais devem procurar um profissional capacitado para a atividade. O ideal é ligar para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para pedir informações. Ela fica em São Paulo e o telefone é (11) 826-1499. (EW)
