Foto: Daniel Derevecki |
UFPR: acordo. continua após a publicidade |
Docentes que compõem o Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), uma das entidades que representam a categoria, pretendem explicar hoje aos professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) os acordos de reajuste salarial assinados com o governo federal no final do ano passado. O encontro está marcado para as 11h, no Centro Politécnico.
A Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), bem como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), é contra os acordos e pede a reabertura das negociações, sob pena de deflagrar greve.
O acordo assinado pelo Proifes e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), embora tenha sido negociado com o governo com a participação da Andes, acabou finalizado sem a concordância do sindicato nacional. Com isso, os reajustes adquiridos desagradaram a maior parte da representatividade, acredita a APUFPR.
Segundo o Proifes, o acordo estabelece que os professores teriam reajustes que variam entre 16,5%, cobrindo o índice inflacionário dos últimos três anos, até 65%, dependendo da classificação, titulação e tempo de serviço, incluindo igualdade de reposição para os aposentados. ?Diria que foi a melhor negociação que os professores universitários fizeram nos últimos 20 anos?, afirma o diretor de Relações Institucionais do Proifes, Eduardo Rolim de Oliveira. A reposição, retroativa a março deste ano, deve ser dividida em três anos. Mas ainda não foi liberada nesta primeira etapa porque aguarda edição de medida provisória que garanta as verbas necessárias.
A APUFPR, mantendo posicionamento da Andes, questiona o acordo e afirma que, se fossem computadas todas as perdas dos últimos 13 anos, os reajustes necessários chegariam a 163%. No dia 1.º, as entidades realizarão nas universidades federais paralisação de 24 horas ?para denunciar as mentiras do governo Lula sobre o reajuste salarial?. A UFPR aguardará até dia 15 a reabertura das negociações. Caso contrário, os professores prometem greve.