Temporal deixa 5 mil residências sem luz

A forte chuva que caiu em Ponta Grossa ontem à tarde deixou cerca de 20 famílias assustadas. Todas pediram ajuda à Defesa Civil do município por conta de pequenos alagamentos. Porém, em apenas quatro residências nos bairros Olaria, Uvaranas e Vila Guaíra foram registrados alagamentos maiores. Ninguém ficou desabrigado. O temporal de uma hora – das 14h às 15h – deixou cerca de cinco mil residências da cidade sem luz. De acordo com a Copel, o fornecimento seria normalizado ainda na noite de ontem.

Já em Curitiba, a Defesa Civil recebeu um alerta do Instituto Tecnológico Simepar contra alagamentos em São José dos Pinhais e Pinhais, na Região Metropolitana. Mas até o final da tarde nenhuma ocorrência havia sido registrada. Em Curitiba choveu muito em alguns pontos, como no bairro Umbará. Cerca de 50 residências de Curitiba, Região Metropolitana e litoral também ficaram sem luz ontem à tarde.

A previsão de chuvas em pontos isolados já havia sido feita pelo Simepar para todo o verão. O meteorologista Fernando Mendonça Mendes explicou que o tempo abafado contribui para estas pancadas de curta duração, mas de intensidade forte. ?Esse tempo instável e abafado deve-se a uma incursão de umidade e calor da região amazônica?, explicou.

Estiagem

A falta de água que atingiu a região de Curitiba nos meses de agosto e setembro do ano passado está longe de acontecer novamente, embora as barragens que abastecem cerca de 70% da população (Piraquara e Irai) estejam com 50% de seu volume total. Segundo a Sanepar, essa quantidade garante o abastecimento. Na época da estiagem, as barragens chegaram a ter somente 28% de água.

O fato das chuvas não serem fortes e intermitentes também não deve causar temor, apesar da precipitação de dezembro não ter sido a esperada. De acordo com o gerente geral da Sanepar na Região Metropolitana de Curitiba, Antônio Carlos Gerardi, choveu cerca de 100 milímetros, mas esperava-se ao menos 120. ?Estamos recuperando o nível das barragens lentamente. Mas não há motivo para preocupação?, disse. Gerardi afirmou que há grande expectativa com os meses de janeiro, fevereiro e março, que tradicionalmente são bastante chuvosos. ?Até março, esperamos que as barragens fiquem com 90% do volume total.?

Gerardi explicou que o bom nível de água (50% do volume) faz com que as barragens se mantenham fechadas, o que é um ponto positivo na questão do racionamento. ?Com isso, usamos somente a água dos rios que ficam abaixo das barragens. Normalmente só se abre as barragens em casos de necessidade.?

Os rios também estão no nível normal. O chefe do Departamento de Hidrologia da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do Paraná (Suderhsa), Edson Manassés, disse que as chuvas, embora em pontos isolados, estão contribuindo para que o abastecimento se mantenha normal.

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