Depois do calor recorde, Curitiba ficou debaixo da água ontem à noite. O temporal começou por volta das 21h25 e se abateu com muita força por quase uma hora, dando lugar a chuva forte até as 23h.
Houve alagamentos, destelhamentos e quedas de árvores em praticamente todos os bairros da cidade, mas principalmente nas regiões norte, oeste e central. No Campo Comprido, uma cratera se abriu na Rua Eduardo Sprada.
O asfalto que passa por cima de um rio, nas proximidades da esquina com a Rua Luiz Tramontin cedeu, abrindo um buraco de cerca de 10 metros de largura, interrompendo totalmente o tráfego pela via.
Informações que chegaram aos bombeiros e à Polícia Militar dão conta que dois veículos foram engolidos pela cratera, cobertos e levados pela água. Quando os bombeiros chegaram ao local, não viram mais os automóveis e acionaram o Grupo de Operações de Salvamentos Terrestres (Gost), para tentar fazer buscas submersas.
No entanto, a correnteza que passava pelo local era demasiada forte e o asfalto ameaçava despencar, levando postes de iluminação. Não há informação se havia pessoas nos veículos.
Alagamentos
Na Linha Verde, embaixo do viaduto da Avenida Marechal Floriano Peixoto, a água cobriu alguns carros pela metade. Algumas pessoas abandonaram os veículos para tentar escapar da enchente.
Os carros tinham água na altura da porta e havia pelo menos 40 centímetros de barro por baixo da água. O trânsito no centro de Curitiba ficou um caos. Por conta da água que tomou alguns trechos, próximo à divisa com o Rebouças, os carros tentavam se desviar por vias alternativas.
Na Vila Torres, muitas casas próximas ao Rio Belém que estava perto de transbordar ficaram com água até as janelas. Em vários bairros de Curitiba, e em algumas cidades da região metropolitana, houve destelhamentos e alagamentos.
No Capão Raso, telhas atingiram e feriram um morador. Até o fim da noite e início de madrugada, os bombeiros e a Polícia Militar não venciam atender todas as ocorrências de estragos causados na capital e grande região.