O câncer de pele é o tipo de maior incidência em seres humanos. O número de casos ultrapassa 25% do total de ocorrências da doença registradas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). “As estatísticas chegam a subestimar a incidência real, já que muitos casos não são registrados”, avisa o médico membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Roberto Tarlé.
Segundo o dermatologista, o carcinoma basocelular é o tipo mais frequente de câncer de pele e ocorre principalmente na face, principalmente no nariz. “Mais de 40% dos casos de carcinoma nasocelular ocorrem no nariz. É importante que ele seja diagnosticado e tratado quando ainda está pequeno porque ele pode crescer e invadir outras estruturas importantes, como nervo, cartilagem ou até mesmo a estrutura óssea”, explica.
Outro tipo de câncer de pele bastante comum é o melanoma, que é uma lesão pigmentada e mais escura. Neste caso, o dermatologista dá a dica “ABCD”, que é um sinal de alerta para o paciente buscar um médico para esclarecer o que é essa lesão. “A de assimetria, B de bordas irregulares, C de coloração variada e D de diâmetro maior que seis milímetros. Para os outros tipos de câncer não existem critérios tão claros, mas é sempre bom avaliar qualquer sangramento, feridas com crosta ou aquelas que crescem de maneira irregular”, orienta.
Cuidados
As campanhas preventivas se intensificam no verão por causa do grande número de pessoas expostas ao sol em praias, piscinas ou durante a prática de esportes ao ar livre, mas o médico alerta que é necessário manter os mesmos cuidados no inverno e em dias nublados. O câncer de pele pode ocorrer também no couro cabeludo e partes menos expostas do corpo, inclusive aquelas áreas que nunca são expostas ao sol.
Quem tem pele clara, olhos claros e histórico de exposição solar excessiva como trabalhadores do campo ou da construção civil deve redobrar os cuidados, tomar sol nos horários recomendados entre 10h e 15h e utilizar diariamente o protetor solar, roupas e chapéus ou bonés.