Os transtornos causados pela chuva, de cerca de uma hora, que caiu na noite de segunda-feira (17) se estendeu por mais de 12 horas. A prefeitura teve muito trabalho para desbloquear ruas, devido ao grande número de árvores e galhos que caíram pela cidade. Os bairros mais atingidos foram Portão, Água Verde e Santa Quitéria.
Motoristas que precisaram passar por estes locais enfrentaram congestionamento e os moradores tiveram que ter paciência. A preocupação é com novos temporais e riscos de queda de árvores que já estão danificadas. A reclamação generalizada é pela demora da prefeitura em não atender aos pedidos de corte e poda, isso quando o faz.
Gerson Klaina |
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Toni Mariano reclama que a prefeitura não faz nada quando se pede a poda de árvores. |
“Um empurra para o outro. A prefeitura diz que não pode fazer nada e que é o com o Ibama, o Ibama diz que não é com eles. Só vão fazer alguma coisa quando morrer alguém atingindo por uma árvore”, lamenta Toni Mariano, técnico em eletrônica, que mora na rua Major França Gomes, no Santa Quitéria. A rua teve que ser interditada pela queda de vários galhos de árvores.
Além de queda de galhos e árvores, o bairro teve falta de energia elétrica. O problema também foi registrado nos bairros Água Verde, Batel, Tingui, Tatuquara, Sítio Cercado e Ahú, atingindo 60 mil casas e vários semáforos, inclusive em cruzamentos importantes e movimentados como o das ruas Mário Tourinho e São Leopoldo.
Gerson Klaina |
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Júlio Ribas reclama da demora da Copel em atender as ocorrências. |
O advogado Júlio César Sprenger Ribas, que mora na rua São Leopoldo, ficou mais de 12 horas sem energia elétrica e chegou a abrir uma reclamação contra a Copel na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Foram três protocolos gerados e nada de uma equipe vir. Não entendo como em uma crise dessa empresa não tem um planejamento. É nessa hora que a empresa precisa funcionar bem”, reclama o advogado.
A Copel confirmou que a normalização do fornecimento de energia só aconteceu no início da manhã e que restaram casos isolados depois das 7 horas, mas negou que não tenha se preparado para uma crise, sob a justificativa de que o número de residências atingidas não chega a ser um caso crítico. Ainda assim, há uma preparação para este período do ano, com equipes de plantão pela recorrência de temporais e vendavais. Segundo a Companhia, a demanda determina o número de equipes nas ruas, dosando de acordo com a necessidade.
Tempo
O Instituto Tecnológico Simepar alerta para o risco de novos temporais hoje. As temperaturas devem continuar subindo e podendo gerar tempestades isoladas.
“Podemos ter chuvas mais fortes no final da tarde e acompanhadas de tempestades isoladas”, explica Sheila Paz, meteorologista do Simepar.
As tempestades passarão a ser comum nos próximos meses. Na sexta-feira, começa o verão, com expectativa de muitos dias de chuvas fortes. “Estas tempestades serão cada vez mais comum daqui para frente, nos fim de tardes”, alerta Sheila.
Gerson Klaina |
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Confira o vídeo com a destruição no Santa Quitéria.