Telhado da Rodoferroviária está caindo

Uma denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanismo (Sindiurbano) indica que a estrutura do telhado da rodoferroviária de Curitiba está totalmente comprometida. De acordo com a entidade, as telhas de amianto estão trincadas e podem cair. Em virtude disso, segundo o sindicato, elas oferecem risco às pessoas que trabalham e circulam no local.

A recomendação do sindicato é a troca completa da cobertura existente. ?As telhas nunca foram trocadas, desde a inauguração da rodoviária, há 32 anos?, afirma Valdir Mestriner, presidente do Sindiurbano. Ele explica que o amianto tem vida útil de 20 anos e, durante esse tempo, o desgaste sofrido pelo material é grande. ?Se acontecer, por exemplo, um dia de sol muito quente e logo em seguida chover bastante, a telha pode cair com o próprio peso?, comenta.

Os pontos mais comprometidos são aqueles onde acontece a venda de passagens estaduais (parte do fundo), principalmente perto dos guichês da Viação Garcia. Somente uma pequena parte, perto do posto da Fundação de Ação Social, está isolada. ?As falhas são visíveis a olho nu?, indica Mestriner.

Ele conta que, há três anos, o sindicato vem alertando a Urbs sobre a questão. O último incidente de risco aconteceu na terça-feira passada, quando funcionários da rodoviária subiram no telhado para tentar cobrir as rachaduras existentes. Os trabalhadores não estavam em área isolada e não utilizavam qualquer tipo de equipamento de segurança. ?Nós recebemos uma denúncia e impedimos que eles continuassem lá?, informa Mestriner.

O agente de trânsito Aparecido Massaranduba de Almeida, que testemunhou o fato, explica que os funcionários corriam risco de morte. ?Eu fui até a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e avisei. A altura é de quase dez metros e tem a chance daquilo desmoronar?.

O presidente do Sindiurbano já solicitou vistoria para a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), mas não obteve resposta positiva. O sindicato também entrou em contato por diversas vezes com a administradora para tentar solucionar o problema. Ainda segundo o sindicato, a Urbs os comunicou que iria contratar empresas para arrumar o telhado, mas o serviço nunca foi executado. ?A justificativa deles é falta de dinheiro, mas poderiam usar o recurso da taxa de embarque, cuja finalidade é a manutenção da rodoviária?. Mestriner explica que o valor de R$1,40 é cobrado em toda passagem de ônibus vendida na estação.

Urbs

Por meio de uma nota divulgada pela assessoria de imprensa da Urbs, a presidente Yára Eisenbach declarou que o problema não oferece risco para a população. O comunicado também informa que a Urbs já contratou um estudo sobre as telhas da rodoferroviária. O diretor administrativo e financeiro, Ricardo Smijtink, afirma que a o objetivo dessa análise servirá para procurar alternativas de tecnologia avançada, como por exemplo, um material mais resistente para o teto e estrutura.

De acordo com a Urbs, as rachaduras são provocadas pela ação do tempo e pelos gases emitidos pelos ônibus. A cobertura da Rodoferroviária também é de difícil manutenção, devido à dimensão das telhas (6 metros). Segundo Smijtink, quando são feitas as vistorias e correções no telhado, é preciso tomar cuidado para não colocar os funcionários que realizam o trabalho em situações de perigo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo