O mutirão das operadoras para melhorar a telefonia celular no Paraná diminuiu um pouco o número de queixas no Procon-PR, mas o serviço ainda está entre os que mais recebem reclamações. Definido pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com a CPI da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa, o atendimento foi realizado entre 1.º e 31 de agosto para tentar resolver os problemas dos consumidores.

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Essa foi a primeira medida estabelecida no TAC. As reclamações dos clientes no Procon-PR durante o período do mutirão tiveram leve queda – foram 382 atendimentos em agosto, 16% a menos do que em julho (452 atendimentos) e 7% a menos do que em junho (407). Mas, segundo o Procon-PR, as queixas em relação à telefonia móvel neste ano ultrapassaram as de telefonia fixa.

De acordo com o deputado Leonaldo Paranhos (PSC), que presidiu a CPI na Assembleia Legislativa, o mutirão tinha como objetivo resolver parte das cerca de 50 mil reclamações em andamento no Paraná – 15 mil através da comissão e o restante dos órgãos de defesa dos consumidores. O resultado, segundo o parlamentar, foi positivo. “Funcionou. Estamos com o relatório das operadoras e mais de 32 mil pessoas foram atendidas”, afirma.

Pendências

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Paranhos diz que grande parte das queixas dos consumidores foi solucionada. “Tem algumas reclamações que não foram resolvidas. Estamos pegando essas informações e fazendo outro relatório para as empresas”, destaca.

Empresa anuncia novidades

Reprodução
Proposta é reduzir tempo de atendimento ao consumidor.
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A TIM, operadora que tem a maior parte dos clientes de telefonia móvel no Paraná (7,52 milhões), informou que, em balanço parcial (até 28 de agosto), foram atendidos 32 mil clientes no mutirão. Foram oferecidos mais de 200 pontos de atendimentos nas lojas próprias e revendas em 124 cidades. A operadora deve investir neste ano cerca de R$ 146 milhões no Estado.

A Vivo recebeu 439 reclamações em lojas próprias, revendas e pelos Correios, das quais “praticamente todas foram atendidas”. Segunda a operadora, no período, 241 queixas chegaram através da CPI e a maior parte não pode ser verificada, “por causa da inconsistência de dados, como número incorreto ou inexistente de telefone”. As 78 reclamações válidas foram solucionadas.

Plataforma

A Claro informou que realizou cerca de 4 mil atendimentos durante o mutirão e todos os casos foram respondidos em mais de 300 postos de atendimento. A operadora implantou recentemente nova plataforma de atendimento, que pretende reduzir em 15% o tempo de atendimento ao cliente e aumentar os índices de resolução na primeira ligação. Até 2014, a Claro deve investir R$ 6,3 bilhões em qualidade e infraestrutura no País.  Também procurada pelo Paraná Online, a Oi não informou os dados do mutirão até o fechamento da edição.

Mais 300 novas antenas

Aliocha Maurício
Deputado Paranhos sugere novos canais de comunicação.

O deputado Leonaldo Paranhos explica que as medidas definidas no TAC com as operadoras são de curto, médio e longo prazos. “São ações para facilitar o acesso do consumidor, como a criação de novos canais de comunicação; avisos nas ligações quando o número for de uma opera,dora diferente da qual se está ligando e a instalação de novas antenas”, explica.

O Paraná precisa atualmente de 300 novas antenas para melhorar o sinal da telefonia móvel, segundo Paranhos. “O único argumento que as operadoras realmente têm razão é a dificuldade em instalar novas antenas, pois cada município tem lei diferente”, ressalta. Para resolver essa questão, foi criado o pacto das antenas, com o objetivo de unificar a legislação de instalação para todos os municípios do Estado. “Faremos cinco ou seis reuniões regionais com as associações das câmaras de vereadores para aprovação dessa lei”, adianta.