Ainda pouco difundida no Brasil, o uso da Tecnologia da Informação na Saúde pode ser a novidade para reduzir os gastos das unidades de atendimento em todo o País. O engenheiro e presidente da Sociedade Brasileira em Informática em Saúde, Lincoln de Assis Moura Júnior, acredita que o uso da tecnologia na saúde é a tendência para que nos próximos anos o setor possa se desenvolver, contribuindo para a eficiência da gestão dessas unidades. Ele esteve ontem, em Curitiba, participando de um workshop realizado pelo Instituto de Gestão em Saúde (IGS).

Poucas instituições já utilizam esse procedimento no Brasil. De um total de aproximadamente 8 mil hospitais, apenas 100 apresentam algum sistema informatizado. Lincoln destaca que alguns sistemas já são desenvolvidos, mas que não existe uma padronização de todo o setor.

Ele afirma que o objetivo seria unificar os softwares do sistema público de atendimento com os serviços privados. “Todos reconhecem a importância de se criar um banco de dados integrado. No entanto, ninguém parte para a ação. O ideal seria juntar as informações do Sistema Único de Saúde (SUS) e das operadoras privadas, pois o assunto é o mesmo, o bem-estar da população”, resumiu.

O especialista informou que o Conselho Regional de Medicina (CRM), juntamente com Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) estão estudando um padrão de tecnologia brasileira que poderá ser utilizado nos sistemas de informação nas unidades de saúde de todo o País. “A implantação de um sistema não é barata, mas o retorno é enorme. O principal deles é o controle total das informações da instituição e de todos os pacientes que ali são atendidos, evitando assim fraudes e desvios de informações referentes aos pacientes”, destacou.

Moralização

Lincoln também comentou que as instituições reclamam dos poucos investimentos feitos na saúde, mas que uma organização das informações moralizaria o setor. Elas poderão influenciar diretamente nos resultados positivos que uma instituição pode produzir. “Não há um atendimento à saúde de qualidade, se a gestão das instituições não for adequada. E uma gestão não vai se desenvolver se um moderno sistema de informações não estiver em funcionamento”, conclui o especialista.

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