Curitiba

Teatro Guaíra sofre com ação de vândalos

O Teatro Guaíra, um dos principais centros culturais do país, não escapa à ação dos pichadores. Em outubro do ano passado, uma pichação de aproximadamente 40 metros quadrados apareceu no lado da Rua Tibagi e comprometeu a estética do prédio, com projeto arquitetônico assinado pelo engenheiro Rubens Meister, morto em julho deste ano.

Há cerca de dois anos, foi feita a impermeabilização externa dos locais mais propícios para a ação dos pichadores, mas desta vez o vandalismo aconteceu justamente em um trecho que não estava protegido. Para fazer a limpeza do local, foi necessária a contratação de uma empresa especialista em restauro – a mesma que fez a restauração do Paço Municipal – já que a tinta já havia impregnado profundamente na parede.

“Eles atingiram uma área que ainda não estava impermeabilizada. Tentamos fazer uma limpeza com solventes e outros produtos químicos, mas não adiantou”, explica o diretor administrativo financeiro do Centro Cultural Teatro Guaíra, Walter Gonçalves. Ao todo, foram gastos R$ 6,6 mil para a recuperação, limpeza e impermeabilização da parede.

Outro problema enfrentado pela administração do teatro é a utilização dos jardins da Rua XV de novembro como ponto de consumo de crack. Depois de reclamações de moradores da região e pedestres que se sentiam ameaçados, foi necessária a reformulação do jardim com a plantação de coroas de cristo em pontos estratégicos para afastar os usuários.

Ano passado, no mesmo local, foi roubada a fiação elétrica de todos os postes do jardim, causando um prejuízo de R$ 1 mil ao Teatro Guaira. Após o incidente, foi feita a reformulação com o travamento interno dos cabos, que ficam enterrados, dificultando o alcance.

“É sempre um transtorno. Poderíamos estar aplicando esse dinheiro em outras coisas mais proveitosas, mas não temos outra solução. É uma luta eterna”, afirma o diretor.

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