Metade das casas lotéricas do Brasil pode ter seus convênios com a Caixa Econômica Federal cancelados. Ação do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU) questiona a legalidade dos contratos assinados antes de 1999 firmados sem licitação. Segundo sindicatos que representam os empresários do setor, o processo atinge 6.310 das 12.443 lotéricas credenciadas em todo o País.

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O assunto foi um dos temas de reunião do Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná (Sinlopar) no domingo. “Estamos realizando encontros em todo o Estado para informar os empresários. Eles não têm acesso ao processo e por isso estamos repassando as informações reunidas pela Febralot (Federação Brasileira das Empresas Lotéricas)”, explica o presidente do Sinlopar, João Miguel Turcatto.

O processo tramita no TCU desde junho de 2011. Atualmente, está sob análise do ministro-relator Walton Alencar Rodrigues, que poderá colocá-lo em votação ou, se necessário, determinar o fornecimento de informações complementares. Os detalhes são sigilosos até publicação de acórdão. “Não há prazo definido para que o processo seja julgado”, diz nota enviada pela assessoria do tribunal.

Legislação

Segundo o presidente do Sinlopar, a solução para o problema está no projeto de lei dos lotéricos que tramita na Câmara Federal. De autoria do deputado Beto Mansur (PP-SP) e atualmente sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o documento regulamenta a atividade das casa lotéricas e permite a prorrogação das permissões em vigor por mais 20 anos.

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“Os empresários não podem ser penalizados pela mudança da legislação, pois não têm culpa pelos procedimentos adotados pela Caixa. Queremos tranquilizar os lotéricos do Paraná, porque o Sinlopar está acompanhando a situação e vai defender seus associados com unhas e dentes”, afirma Turcatto.

Procurada pela reportagem, a Caixa diz que não vai se manifestar antes do posicionamento final do TCU.

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