As vans para transporte comercial de passageiros, como as escolares e as de turismo, foram autorizadas a realizar esse tipo de serviço em Curitiba a partir de 1999. Desde então, os taxistas estão sofrendo uma queda constante no número de atendimentos. Segundo dados do Sindicato dos Condutores de Táxi do Paraná (Sinditáxi-PR), os carros rodam ocupados, hoje, 140 quilômetros por dia, contra 240 há alguns anos.
O presidente da entidade, Pedro Chalos, explica que o então prefeito Cassio Taniguchi emitiu um decreto municipal em 1998 liberando as vans em Curitiba. Antes disso, os taxistas haviam pedido à administração municipal a permissão para levar até 15 passageiros em veículos especializados. "Não existe limitação, mas a Urbs (Urbanização de Curitiba S.A., que regulamenta os táxis na cidade) coloca que precisa ser automóvel. Taniguchi falou que a gente queria garantia de mercado, mas era garantia de sobrevivência", argumenta.
Depois das vans, vieram os motoboys, que restringiram ainda mais o serviço dos táxis. "Fazíamos o transporte escolar, entregas e outros atendimentos. Não somos contra os motoboys, até porque muitos taxistas não gostavam desse tipo de serviço. Mas depois veio o transporte escolar e outra fatia foi tirada dos taxistas", afirma Chalos.
Desde 1994, a categoria vem sofrendo duros golpes da concorrência. O número de atendimentos caiu pela metade em 11 anos. Os taxistas dão descontos diferenciados e não usam a "bandeira 2" à noite para tentar equilibrar a situação. O Sinditáxi enviou propostas à Câmara Federal, Prefeitura de Curitiba e Urbs. Entre as reivindicações está a regulamentação do transporte com vans, licitação para o transporte escolar, instalação de táxis especiais e demarcação de ponto de táxi na frente dos hotéis para dois carros, no mínimo.
O presidente do sindicato diz que muitas vans não respeitam as normas determinadas para elas. Chalos denuncia que vans de transporte escolar fazem o translado de funcionários de empresas na Cidade Industrial de Curitiba à noite, o que não seria permitido. Além disso, muitos veículos possuem placa branca, sinalizando clandestinidade, enquanto deveriam estar com placa vermelha. Para ele, a Urbs, responsável pela fiscalização do setor, não está interessada em atuar nesse sentido.
O gerente do serviço de táxi e transporte comercial da Urbs, José Carlos Gomes Pereira, informa que a empresa faz a fiscalização correta do transporte das vans, que ficam sujeitas a punições (notificação, multa e cassação do registro, por exemplo) quando irregularidades são encontradas. "Sabemos que as irregularidades acontecem. Não é porque a gente fiscaliza que vão deixar de ocorrer", frisa.
O fretamento das vans é feito somente por contrato entre duas pessoas jurídicas, inclusive no serviço de turismo e translado para hotéis. Para se obter o registro na Urbs, a empresa precisa apresentar as certidões negativas e vistorias do veículo. As irregularidades mais comuns no setor são a falta de contrato entre duas empresas e os veículos clandestinos. As vans com registro correto possuem placas vermelhas. Existem 740 vans e 2.253 táxis atuando na cidade.
A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com alguma entidade que representasse as empresas de transporte com vans. Procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Fretamento de Curitiba, mas foi informada que a entidade lida apenas com aquelas que transportam funcionários. Não há um sindicato ou associação que represente as empresas com vans de transporte escolar ou turismo.
Urbs garante que fiscalização é correta
O gerente do serviço de táxi e transporte comercial da Urbs, José Carlos Gomes Pereira, informa que a empresa faz a fiscalização correta do transporte das vans, que ficam sujeitas a punições (notificação, multa e cassação do registro, por exemplo) quando irregularidades são encontradas. "Sabemos que as irregularidades acontecem. Não é porque a gente fiscaliza que vão deixar de ocorrer", frisa.
O fretamento das vans é feito somente por contrato entre duas pessoas jurídicas, inclusive no serviço de turismo e translado para hotéis. Para se obter o registro na Urbs, a empresa precisa apresentar as certidões negativas e vistorias do veículo. As irregularidades mais comuns no setor são a falta de contrato entre duas empresas e os veículos clandestinos. As vans com registro correto possuem placas vermelhas. Existem 740 vans e 2.253 táxis atuando na cidade.
A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com alguma entidade que representasse as empresas de transporte com vans. Procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Fretamento de Curitiba, mas foi informada que a entidade lida apenas com aquelas que transportam funcionários. Não há um sindicato ou associação que represente as empresas com vans de transporte escolar ou turismo.