Cerca de 50 taxistas se reuniram no fim da manhã desta quarta-feira (30) em frente a empresa de táxis (Laerte P. Toaldo & CIA LTDA / Trento Táxi LTDA) na Av. Manoel Ribas, nas Mercês. No local os taxistas seguiram com os protestos que tiveram início pela manhã nas proximidades de outras empresas de táxi da cidade. De acordo os organizadores, de forma geral, 98% dos taxistas aderiram ao movimento que representa uma frota de cerca de 220 veículos de 14 empresas da capital. A expectativa é que nesta quinta-feira (31) a categoria permaneça mobilizada.

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Os taxistas protestam em função das tarifas cobradas pelas empresas proprietárias dos carros, para que eles possam trabalhar com os táxis. Segundo eles a tabela praticada pelas empresas em função da quantidade de quilômetros rodados é injusta para os trabalhadores. “Temos de trabalhar por no mínimo 12 horas por dia, para atingir uma quilometragem mínima de 100 km rodados, caso contrário, praticamente pagamos para trabalhar” afirma Wagner dos Santos, taxista desde 2008.

Além da questão da tabela, os taxistas também reclamam de problemas relacionados ao vale transporte e vale alimentação, que não seriam pagos pelos empregadores. “Não recebemos vale transporte, vale alimentação e nem desconto por quilômetros rodados para voltarmos com o táxi para casa. A empresa diz que devemos ir com o carro para a casa, para não deixar o veículo na rua, mas com a tabela, isto traz muitos custos para nós, ficando inviável” afirma Santos.

Outra queixa são as demissões de alguns funcionários, entre eles a de um taxista integrante da comissão de negociações com as empresas. “Fui demitido por fazer parte das negociações, por estar brigando por nossos direitos. Sou taxista há mais de 17 anos e nesta empresa já trabalhava há mais de um ano” relata o taxista Wilson César Correia.

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Pagamento

Outro taxista que não quis ter o nome revelado afirmou que as empresas reduzem o valor dos ganhos mensais do funcionário no holerite. “Nós ganhamos entre R$ 1,8 mil a R$ 2 mil, mas na a folha de pagamento vem bem menos que isso”, disse. O Paraná Online teve acesso a um dos holerites do taxista, comprovando a ação.

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Com essa redução no valor declarado em folha, o funcionário arrecada benefícios trabalhistas em montantes inferiores aos que teria direito. Além disso, muitas empresas não lançam os valores referentes ao salário fixo, que corresponde a R$ 931, colocando em folha a arrecadação das comissões pelas corridas realizadas. “Tem gente que trabalha 20 anos como taxista e recebe um aposentadoria de R$ 800 por conta desse ‘sistema’ das empresas”, lamentou Correia.

A reportagem do Paraná Online entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Automóvel de Aluguel (Táxi) do Estado do Paraná, mas entidade disse que ainda não irá se pronunciar sobre a paralisação.