Com cruzes e faixas pretas nos carros, simbolizando o luto, e cartazes reivindicando mais segurança para a categoria, dezenas de taxistas participaram de uma manifestação em virtude do assassinato de Wuilian Felipe Cardoso, 23 anos. Eles reuniram-se à tarde na Praça Eufrásio Correia e saíram em direção ao Cemitério Vertical do Tarumã, onde o corpo do taxista seria velado.
O protesto foi organizado pelos próprios taxistas, indignados com a falta de segurança da categoria. Segundo Dickson Braian, representante da classe, três ou quatro taxistas são assaltados diariamente em Curitiba.
“A gente não tem segurança nenhuma. Não temos câmera em ponto; não temos estrutura nenhuma; não temos o botão do pânico no carro ligado a alguma força de segurança, como a Guarda Municipal ou a Polícia Militar, que é uma solicitação antiga; a polícia não nos para para verificação quando estamos em locais de risco”, comentou. “Hoje o bandido se infiltra como passageiro para nos agredir. E a gente não pode escolher, estamos aqui para servir todo e qualquer passageiro”.
O presidente do Sinditáxi, Abimael Mardegan, reclamou ainda da falta de viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar. “Para achar um policial de madrugada é difícil”, disse.
Ele contou que na segunda-feira (18), às 8h, os taxistas devem participar de manifestação junto aos guardas municipais, em frente à Prefeitura de Curitiba, para pedir mais segurança.
Abimael comentou o assassinato de Wuilian. “O que aconteceu com esse rapaz foi absurdo. Não estamos entendendo o porquê de assassinaram ele, para levar R$ 100, R$ 200. Isso é uma barbaridade”.
Morte
Wuilian foi esfaqueado na madrugada desse domingo. Dois passageiros entraram no táxi, por volta das 5h15, em um ponto da Rua Izaac Ferreira da Cruz, próximo ao terminal de ônibus do Sitio Cercado. Eles deram voz de assalto e entraram em luta corporal com o taxista, que foi atingido por golpes de faca nas costas e no pescoço.
