125 taxistas de São José dos Pinhais, na região metropolitana, protestam na tarde desta sexta-feira (11) em frente ao Palácio do Governo, no Centro Cívico. A mobilização da categoria acontece em reposta à decisão da Vara de Justiça que suspendeu a permissão provisória para que os motoristas trabalhassem. Caso a ordem não seja cumprida, a prefeitura da cidade pode receber uma multa diária de R$ 15 mil.
O grupo tentou ser recebido no Tribunal de Justiça, mas não conseguiu. Os taxistas foram então ao Palácio do Governo, onde ninguém os recebeu. Uma comissão foi até a prefeitura para uma possível reunião prefeito da cidade.
Existe a possibilidade de que eles voltem ao Aeroporto Afonso Pena e fechem o local.
Segundo Wilmar Alvino da Silva Júnior, advogado da categoria, esses profissionais estão entre os que não foram selecionados na licitação que passa a reger a atuação dos táxis na cidade. Antes do novo regulamento, os motoristas eram permissionários e, portanto, muitos deles têm mais de 30 anos de profissão.
“Estamos desesperados. Não sabemos o que fazer de nossas vidas”, lamenta Carlos Caetano, taxista são-joseense. Um mandado de segurança foi impetrado pelos profissionais para que eles possam voltar ao trabalho o quanto antes.
“A mobilização dos taxistas é um reflexo dos ânimos da categoria. Eles estão em completo desamparo. Esse é o único ganha pão deles”, afimou Silva Júnior.
Entenda o caso
Após a licitação que foi que definiu os atuais taxistas da cidade, uma nova licitação foi criada em São José dos Pinhais para que as vagas restantes fossem completadas. No entanto, decreto da prefeitura permitia que os taxistas que já atuavam na cidade continuassem a trabalhar até que os novos nomes fossem escolhidos.
A decisão da Vara de Justiça derrubou esse decreto e anulou também alguns critérios da licitação, entre eles o que estabelecia pontuação por tempo de trabalho na profissão. Outro ponto questionado pelos motoristas é a exigência de um diploma que comprove o ensino superior completo. “A maioria dos taxistas só tem o ensino fundamental. E é isso que é preciso para ser taxista”, completou o advogado.
Na quinta
Um protesto foi realizado na quinta-feira (10) no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na tentativa de sensibilizar a população para a causa da categoria.