Dentro da discussão sobre a falta de táxi, um fator que permeia o tema é o congelamento do quilômetro rodado no serviço que desde março de 2010 não é reajustado. Profissionais da categoria falam na queda de 30% na margem líquida dos ganhos, já que combustível e manutenção acumularam aumentos sucessivos ao longo do período.
Para o taxista Eduardo Lohmann de Almeida Fernandes, de 32 anos, e 12 de praça, o reajuste deveria acontecer antes de se definir a quantidade de placas necessárias para o atendimento da população em Curitiba. “Hoje tem muitas pessoas usando em grupo o táxi porque compensa em relação ao ônibus. Acho que se o valor fosse atualizado, a necessidade de táxis na cidade diminuiria, pois fora os horários de pico, sobram táxis nos pontos”, argumenta.
Argumentos
Fernandes explica que a falta de táxis durante a madrugada também tem razão financeira. Atualmente o usuário paga R$ 4 na entrada (bandeirada) e R$ 2 por quilômetro rodado de dia e R$ 2,30 à noite. “Os R$ 0,30 de diferença têm feito com que muito taxista prefira ficar em casa, já que a pequena diferença nem sempre é compensada pelo desgaste e a falta de segurança”, aponta.
A Urbs foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento da edição não houve retorno se há previsão de reajuste nos táxis da cidade.